Aos 26 anos, o publicitário Bruno Rall é o primeiro presidente não descendente de chineses da JCI Brasil-China
Fotos Arquivo Pessoal
Formar cidadãos com capacidade de liderança, responsabilidade social, companheirismo e espírito empresarial no intuito de promover mudanças positivas na sociedade é a missão da JCI Brasil-China (Junior Chamber International). A organização fundada em 2004 e que conta com 25 membros, é um dos 1.200 capítulos da JCI Mundial, que hoje está presente em mais de 100 países, reunindo jovens com idade de18 a40 anos.
Os capítulos agem localmente, desenvolvendo projetos e atividades que ajudam de alguma forma a melhorar a comunidade local. No caso do capítulo Brasil-China, um dos principais objetivos é também disseminar a cultura chinesa no Brasil. Neste ano, a tarefa está nas mãos do publicitário Bruno Rall, 26 anos, que acaba de ser nomeado presidente da JCI Brasil-China para uma gestão de um ano.
Com ascendência alemã e italiana, o jovem sempre teve uma “quedinha” pela cultura oriental, em especial japonesa e chinesa. “Quando criança eu assistia a alguns seriados japoneses e também lia os mangás…. Depois, já na faculdade, um colega de ascendência chinesa me levou até um templo budista, em Cotia, São Paulo. Frequentei um grupo de jovens de lá. E, mais tarde fui apresentado à JCI por esse mesmo colega e estou lá há 6 anos”, relembra ele.
Na opinião do novo presidente, essa vivência dentro da JCI aguçou ainda mais o seu lado empreendedor – do qual ele já tinha uma tendência desde criança – desenvolveu o gosto pelo trabalho voluntário e lhe permitiu conhecer mais sobre alguns aspectos da cultura chinesa. “Em especial a parte religiosa, da alimentação e esse perfil dos chineses para o negócio”, enumera.
Também pudera. A JCI Brasil-China é a grande idealizadora e organizadora do Ano Novo Chinês, evento que neste ano completou sua 7ª. edição e mais uma vez, reuniu um público de cerca de 150 mil pessoas em dois dias de duração,em São Paulo.“Podemos dizer que hoje o evento mais conhecido da JCI Brasil-China é o Ano Novo Chinês. Mas, temos outras frentes que queremos divulgar para a sociedade. Por isso, aproveito a oportunidade para convidar os jovens a conhecerem o nosso trabalho, a nos fazer uma visita e tornar-se membro da JCI”, finaliza Rall.
Confira, a seguir, uma entrevista com o mais novo presidente da JCI Brasil-China e conheça um pouco mais sobre as atividades desenvolvidas pelo grupo.
Mundo OK – Como você está encarando o fato de ser o primeiro presidente não descendente de chineses da JCI Brasil-China? É muita responsabilidade?
Bruno Rall – Estou muito feliz e honrado com esta atribuição. Desde que entrei na JCI, eles me acolheram muito bem, me senti respeitado e útil. Mesmo quando era um novato, os membros veteranos faziam questão de me passar tarefas importantes, não me deixavam de lado só porque eu era novo ali. Por tudo isso, quero desenvolver um excelente trabalho neste um ano de gestão. Aliás, esse ano, a JCI é minha prioridade!
MOK – Como se deu essa sua aproximação da comunidade chinesa?
Rall – Foi na época da faculdade, quando um colega chinês me apresentou a dois grupos: o grupo de jovens de um templo budista, em Cotia e, a JCI Brasil-China. Eu me senti muito acolhido nos dois locais.
MOK – E por que você optou por frequentar a JCI?
Rall – Acho que a filosofia tinha mais a ver com o meu perfil. Desde criança eu tenho um perfil mais empreendedor e gosto de fazer trabalhos voluntários por meio do empresariado. Hoje, por exemplo, sou sócio numa empresa de publicidade. E quero continuar neste caminho.
MOK – A JCI é conhecida por realizar o Ano Novo Chinês. Mas há outras frentes de trabalho que não são tão conhecidas assim….
Rall – Sim. Atuamos em quatro áreas: internacional, comunitária, individual e de negócios. A internacional é voltada para a participação em Congressos e Conferências, além de parcerias entre capítulos. A comunitária diz respeito a projetos sociais e culturais. O Ano Novo Chinês está nesta vertente. A individual é voltada para cursos de aprimoramento pessoal, como por exemplo, cursos de oratória. E a de negócios é uma área mais informativa sobre negócios, por meio de palestras com experts da área.
MOK – Quais são os projetos em andamento no momento?
Rall – Além do Ano Novo Chinês, temos o Toyp, que é um tipo de premiação de um jovem de destaque do ano, que não necessariamente precisa fazer parte da JCI. Cada capítulo indica um jovem que se destacou em uma determinada categoria, como por exemplo, medicina, negócios e outros… Aí há a escolha em nível nacional e este vencedor concorre em nível internacional. Outro trabalho é o de oratória nas escolas. Este é em parceria com a JCI Brasil-Japão e será colocado em práticaem junho. Visitaremos umas três escolas públicas para ensinar oratória às crianças.
MOK – Há algum grande projeto na área de negócios para este ano?
Rall – Sim. No segundo semestre deveremos levar um grupo de empresários e interessados em geral a uma viagem empresarial a Taiwan. Provavelmente, no mês de novembro. Mas, ainda estamos acertando os detalhes deste projeto.
MOK –Qual o melhor caminho para uma pessoa conhecer o trabalho da JCI e até se tornar um membro?
Rall – Ela pode buscar por mais informações no nosso site (www.jcibrasilchina.org.br) e agendar uma visita a uma de nossas reuniões. Essas reuniões são mensais e, geralmente, no sábado. Quero aproveitar a ocasião para fazer um convite aos jovens para nos visitar!