Acabou a primeira rodada de negociações sobre um novo acordo comercial entre o Japão e os Estados Unidos. Os representantes japoneses têm tentado limitar as negociações para o comércio de bens. Mas Washington tem pressionado Tóquio para expandir o escopo das conversas e incluir serviços e outras áreas não relacionadas a bens. Toshimitsu Motegi, o ministro japonês encarregado das negociações, disse que ela eventualmente incluirão comércio digital.
Motegi encontrou-se com Robert Lighthizer, sua contraparte nas negociações e representante do Comércio dos Estados Unidos, na segunda-feira (15/04) e terça (16/04) na capital americana. Após o encontro de terça-feira, o ministro japonês disse que as negociações começaram bem.
Motegi afirmou que ambos os lados conversaram francamente sobre a posição de cada um sobre o comércio em vários setores, como a de produtos agropecuários e de automóveis. O ministro japonês ainda disse que o Japão e os Estados Unidos querem acelerar as negociações para chegar a um acordo o quanto antes.
Enquanto por um lado as negociações andam bem, por outro parece que está havendo algumas não-concordâncias. Os chefes de finanças de Japão e Estados Unidos devem discutir a suspensão da desvalorização de câmbio.
O ministro das Finanças do Japão, Taro Aso, está programando um encontro com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, em antecipação à cúpula entre os dois países programada para a próxima semana, em Washington.
O lado americano quer um novo acordo de comércio bilateral que inclua um dispositivo visando prevenir a desvalorização competitiva de câmbio. Os americanos querem proteger empresas do país fazendo com que o lado japonês pare de manipular o iene de modo a tornar suas exportações mais competitivas.
Autoridades japoneses se opõem a tal medida. Elas temem que incluir tal dispositivo em um acordo comercial com força de lei possa limitar a capacidade do país de intervir em mercados de câmbio quando o iene se valorizar excessivamente. O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, incluiu cláusulas similares em seus mais recentes acordos comerciais com México e Canadá.
– A questão seria: como é que tudo isso vai chegar aos bolsos dos japoneses, estrangeiros e pessoas de outros países que realizam comércios com os Estados Unidos e o Japão?
Fonte: NHK World – Link 1, Link 2
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