Política: Reflexão profunda

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Após manifestações, lideranças refletem sobre mudanças sociais

Redação

Valter Campanato - ABr
Foto: Valter Campanato – ABr

“Estive nas ruas para protestar. As pessoas não sabem exatamente o motivo, uns vieram pelo aumento de ônibus, outros pela má condição da saúde. Estou aqui justamente contra tudo isso. Em especial os políticos, pois eles são a base de toda essa insatisfação”. O relato poderia ser de qualquer manifestante, mas trata-se de Kimie Suzuki, uma garota de 15 anos, oriunda do Japão e no Brasil há cinco. Assim como milhares de pessoas, a japonesa foi às ruas no mês passado, se juntar à multidão. “Espero que tenha resultado prático”, enfatiza.

2A população deu seu recado. Mas, e quanto às autoridades e lideranças? Será que as mudanças propostas tendem a se concretizar? Para o empresário e ex-deputado estadual Hatiro Shimomoto, toda a insatisfação das pessoas indica um momento de ação. “A minha opinião sobre a participação dos movimentos ‘Acorda, Brasil’, ‘Reforma, Brasil’ é a seguinte: uma nação se constrói pela formação do seu povo, pela educação, civismo, amor à pátria. E através dos usos e bons costumes que sejam bons para os cidadãos , à sociedade e ao País”, destaca o líder. Ainda de acordo com Shimomoto, quem destoa desse perfil, “aqueles que são contrários, sejam considerados persona no grata.”

Já o deputado federal Walter Ihoshi (PSD) reafirma a necessidade de mudanças. Para o parlamentar, a população merece mais atenção e “novas atitudes por parte dos governantes”. “Esta é uma situação inusitada para os políticos. Cabe a nós, agora, descobrir como resolver tantas reivindicações. A população merece respeito e respostas. Mas não uma resposta qualquer. O brasileiro quer participar, opinar e ser ouvido, afinal, é ele quem conhece e enfrenta, todos os dias, as mazelas da má administração pública”, explica Ihoshi.

Em seu mandato, o político nipo-brasileiro destaca-se na presidência da Frente Parlamentar pela Desoneração dos Medicamentos, que busca a redução dos tributos sobre os remédios vendidos no País. Atualmente, são cerca de 34% de impostos que os brasileiros pagam no balcão da farmácia. “Todos têm de fazer sua parte. A população está fazendo a sua: exercendo sua cidadania e exigindo dos políticos que os representem de verdade. Nós, da Frente Parlamentar, estamos empenhados em prestar nossa contribuição. Espero que as autoridades que ocupam o Poder Executivo também cumpram a sua.”, explica.