Dentro do processo democrático, a escolha dos representantes políticos é uma das manifestações mais sólidas do direito do cidadão. Nas comunidades orientais não é diferente. Com a eleição próxima, é hora de analisar o perfil daqueles que nos representarão – ou não, dependendo de como cada um analisa os postulantes a uma das vagas…
Hoje, o cenário político conta com bons nomes representando os orientais. Em São Paulo, dois deputados federais estão em Brasília, além de dois na Assembleia Legislativa, e três na Câmara Municipal. Na eleição do dia 5 de outubro, concorrerão nomes postulantes a deputado estadual e federal, bem como presidente, senador e governador. Enfim, cargos que darão um novo norte ao nosso País.
Nessa multidão de partidos e candidatos que disputam a tapa o voto do eleitor, os orientais surpreendem: serão mais de 60 interessados em ocupar uma vaga. De diversas regiões, eles percorrem todos os eventos relacionados à cultura oriental, muitas vezes incomodando o público com a distribuição de material de campanha e até mesmo arrumando confusão com os organizadores. Vale tudo para chamar a atenção e reforçar sua imagem perante um público que, muitas vezes, nunca nem ouviu falar da pessoa.
O questionamento é saber se, realmente, eles representam essa força da comunidade. Grande parte viabiliza emendas parlamentares em troca de apoio das entidades, que necessitam de tais verbas para operacionalizarem um evento beneficente. Todavia, essa tática tem surtido um efeito ao contrário: por vezes. são tantas as ofertas de apoio que as associações acabam aceitando não só de um, como também de dois – e até três parlamentares. O resultado final já é conhecido. Muitos candidatos, eleitores pouco interessados e, efetivamente, um quadro baixo de representantes do poder. Aqueles que ajudam, nem sempre são eleitos. Já aqueles apoiadores pontuais (que aparecem no ano de eleição) trazem para si o voto. Mas, a reflexão que fica é: será, mesmo, que eles nos representam?
Boa leitura!
Rodrigo Meikaru