EDITORIAL: O POVO MAIS FELIZ DO MUNDO

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O título pode ser meio pretensioso, mas é chamativo. E não deixa de ser verdade, pelo menos para mim: o povo mais feliz do mundo é, sim, o de Okinawa. Não só pela rica cultura ancestral, mas por ter todo um espírito de união e preservação de valores. Neste ano, acontece em outubro o encontro mundial de okinawanos, reunindo milhares de pessoas do mundo todo. Por aqui, em agosto, também acontece uma grande confraternização: o “Okinawa Festival”, um dos eventos mais aguardados pela comunidade nipo-brasileira.

Por toda essa mobilização, a capa deste mês homenageia justamente o povo de Okinawa. É notório o esforço de um coletivo em prol de uma causa. Quem acompanha de perto toda a movimentação dos organizadores e a mobilização feita para acertar os detalhes, sabe que o evento é feito com vontade e coração. Alheio aos anseios comerciais e interesses pessoais dos dirigentes.

 Fruto do trabalho desenvolvido pela Associação Okinawa de Vila Carrão, através de seus diretores que não medem esforços por uma causa. São dias e noites trabalhando para a realização de um sonho, cujo início foi marcado pela simplicidade. Aliás, simplicidade esta que está presente ao longo do tempo, pois cada voluntário entra em cena como integrante de um grande time formado com um único propósito, a de preservar os valores passados ao longo da geração de okinawanos no Brasil.

 Nos bastidores, o trabalho talvez seja até mais complexo do que o operacional. Articulação para viabilizar a parte técnica, bem como arredondar os trâmites burocráticos para o público ter o conforto e segurança necessários é, de certa forma, uma das missões mais desgastantes dentro de um projeto de grandes proporções, como o Okinawa Festival. Vale destacar uma ação que poucos sabem, mas que é vital para o bom andamento do evento: o apoio do vereador Ushitaro Kamia. Através de uma emenda parlamentar, não mede esforços para contribuir com o sucesso do evento. Parte da infraestrutura – como as tendas que o público pode se acomodar com conforto, e o palco, cujas atrações artísticas se apresentam – é viabilizada através do trabalho político de Kamia, ele, inclusive, descendente de okinawanos.

 Enfim, uma força-tarefa envolvente, culminando em uma das festividades mais charmosas da comunidade, feita pelo povo mais feliz do mundo.

 Bom proveito! E Boa leitura!