Bienal de Artes traz obras de artistas orientais

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Enxuta, porém reflexiva, discreta, mas cheia de novidades… é assim que a 30° Bienal de São Paulo abre as portas para visitação. Com o título “A iminência das poéticas”, a exposição não possui um tema, mas sim um motivo, um pretexto, um aglutinador, um ponto de partida para uma série de perguntas e para o estabelecimento de uma estratégia discursiva. A ideia principal é permitir que o visitante reflita e crie seus próprios significados para as obras.

Compõem o universo da exposição, que tem curadoria do venezuelano Luis Pérez-Oramas, o primeiro estrangeiro a ocupar o cargo, mais de 3 mil obras – 50% destas produzidas especialmente para a mostra –, espalhadas pela Bienal e pela capital paulista. Em um total de 111 artistas, todos contemporâneos, expondo as mais diferentes técnicas e linguagens artísticas, entre eles os orientais: Ei Arakawa, Tehching Hsieh, Xu Bing e Yuki Kimura.

A curadoria da exposição, composta também por André Severo, Tobi Maier e Isabela Villanueva, deseja colaborar para a construção do presente, a partir das articulações que propõe entre as obras, da consistência de sua expografia, da claridade de sua identidade visual e do diálogo a travar com o público.

A mostra foi pensada e construída a partir do conceito de constelações, em que as obras de arte não fazem sentido sozinhas, só quando se relacionam com outras obras e com o mundo. Nas palavras do curador: “Estamos fazendo uma Bienal constelar, dentro e fora do Pavilhão da Bienal: nela o público encontrará uma série de seleções de obras de cada artista, constelarmente organizadas, algumas quase retrospectivas e vinculadas às seleções que lhes são vizinhas”.

No entanto, este é apenas um caminho. Para Oramas, a 30ª Bienal aspira contribuir com o estado da discussão sobre o rol das práticas artísticas hoje, e não pretende, portanto, afirmar-se com respostas definitivas, ortodoxas e messiânicas. Outras relações estão ali para serem questionadas por cada um.

Assim, para aproveitar ainda mais o passeio pela Bienal, que rende duas ou três visitas, não busque respostas, mas a experiência, como ensina o curador: “A dimensão constelar da Bienal se encontra, no fim das contas, nos olhos e na mente de cada espectador, na medida em que este se abra à experiência da Bienal”, finaliza Oramas.

 

Bienal na cidade

Em sua 30ª edição, a Bienal ultrapassa as fronteiras do Pavilhão Ciccillo Matarazzo, no Parque do Ibirapuera, e espalha obras por vários cantos da cidade. A iminência das poéticas também estará presente nas vias públicas, como na avenida Paulista, em locais de grande circulação de pessoas, como a Estação da Luz, e em instituições culturais como o Museu da Cidade (Casa Modernista, Casa do Bandeirante e Capela do Morumbi), o Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand – MASP, o Museu de Arte Brasileira da FAAP (Mab-Faap), e o Instituto Tomie Ohtake.

Além das obras, a bienal apresenta ainda encontros, performances, debates e seminários, que acontecem em diferentes espaços da capital paulista. A programação completa dos eventos pode ser acessada por meio do site oficial da Bienal o www.bienal.org.br. Mais informações também podem ser obtidas nas redes sociais, como o Twitter (@BienalSaoPaulo), Facebook (facebook.com/bienalsaopaulo) e Youtube (youtube.com/bienalsp).

 

 

30ª Bienal de São Paulo – A iminência das poéticas

De 7 de setembro a 9 de dezembro

Pavilhão da Bienal – Parque do Ibirapuera

(Av. Pedro Álvares Cabral, s/n°)

Entrada gratuita

Ter, qui, sáb, dom e feriados, das 9h às 19h – entrada até às 18h

Qua e sex, das 9h às 22h – entrada até às 21h