Enquanto muitas cidades das regiões Sul e Sudeste do Brasil vivem seus períodos de dias frios de inverno, o mês de Julho foi o mês mais quente da Terra desde o início dos registros, em 1880, o último de uma longa linha de picos que, segundo cientistas, reforça as previsões de mudanças climáticas provocadas pelo homem.
A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA informou na última quinta-feira (15/08) que Julho foi de 0,95 graus Celsius (1,71 graus Fahrenheit) mais quente do que a média do século 20 de 15,8°C (60,4 F) para o mês.
Como Julho é geralmente o mês mais quente do calendário nos países do Hemisfério Norte, os meteorologistas dizem que isso significa que também estabeleceu um novo recorde mensal nos últimos 140 anos. As temperaturas do mês passado superaram por pouco o recorde anterior de Julho, estabelecido em 2016, de 0,03°C (0,05°F).
Os resultados eram esperados depois que vários países europeus, incluindo França, Bélgica e Alemanha, reportaram que Julho superou recordes de temperaturas nacionais anteriores. O vilarejo sueco de Markusvinsa registrou uma temperatura escaldante de 34,8°C, a temperatura mais alta medida ao norte do Círculo Polar Ártico.
De acordo com os registros da NOAA, 9 dos 10 Julhos mais quentes já registrados ocorreram desde 2005 e no mês passado foi o 43º mês de Julho consecutivo acima da média do século XX.
As temperaturas recordes atingidas em Julho foram acompanhadas por outros marcos importantes. O gelo marinho médio do Ártico, por exemplo, estava quase 20% abaixo da média em Julho, menos até do que a baixa histórica anterior de Julho de 2012.
Os picos de Julho vieram depois de um febril Junho, que por sua vez acabou sendo o mês de Junho mais quente registrado nos últimos 140 anos. O ano até agora também está 0,95°C (1,71°F) acima da média de longo prazo, ainda ligeiramente atrás de 2016 e a par com 2017, disse a NOAA.
Lembrando que o Japão registrou uma forte onda de calor durante os meses de Junho e Julho, com temperaturas muito elevadas chegando aos 42ºC, com médias de 35ºC o que vem perdurando até este período de Agosto. A forte radiação solar e das baixas umidades registradas nesse período levou muitos japoneses a procurarem ajuda médica, com muitos casos de insolação, queimaduras, desidratação e até mortes registradas.
Meteorologistas esperam que o ano de 2019 não ultrapasse o recorde atual para o ano mais quente, estabelecido em 2016.
Fonte: The Mainichi
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