Especialistas revelam que para garantir a estabilidade hídrica de São Paulo, é necessário medidas que combinam grandes obras, altos investimentos e soluções a longo prazo
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No último ano, o Brasil e, principalmente, o estado de São Paulo tem enfrentado umas das maiores estiagens dos últimos tempos, com altas temperaturas e ausência de chuvas, resultando em baixos índices dos mananciais o que, consequentemente, compromete o abastecimento de água e a geração de energia elétrica. Com os riscos de ficar sem água, resta à população colaborar e economizar cada gota de água.
Até o fechamento dessa edição, o sistema Cantareira tinha 11,7% de volume armazenado. Atualmente, ele abastece 6,2 milhões de pessoas, antes da crise, atendia 9 milhões. A diferença foi absorvida pelos outros sistemas, que também sofrem com a estiagem e são bem menores que o Cantareira.
Estiagem, falha na gestão, falta de planejamento e investimento. Para os especialistas foram a mistura desses fatores que causaram o colapso no sistema de abastecimento do Estado. O geólogo e professor do Programa de Mestrado em Gestão Ambiental da UNINOVE, Pedro Luiz Côrtes, afirma que o sistema entrou em crise mesmo antes da estiagem se manifestar de maneira mais intensa, uma vez que ele já opera deficitariamente há mais de 10 anos e não consegue acompanhar o crescimento populacional. “A falta de transparência com a população também prejudicou o controle da crise. Se o povo tivesse sido aviso com antecedência poderia ter economizado água há bem mais tempo”, acredita Cortês.
Mas a crise hídrica não é exclusividade do estado brasileiro. Países como Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos, Inglaterra, Israel, Espanha e Austrália, também passaram por situações parecidas e encontraram saídas para os seus problemas, utilizando medidas planejadas a longo prazo para garantir a estabilidade dos sistemas de abastecimento.
O que também apontam os especialistas entrevistados pela Mundo Ok, eles são unânimes ao afirmar que a crise hídrica de São Paulo só será resolvida se houver uma nova visão em relação a água, que é um recurso finito. “É importante que sejam adotadas soluções estruturantes, com base em estudos, ações e obras que garantam o fornecimento de água a longo prazo, com uma melhoria na eficiência do serviço oferecido, além da educação da população”, enumera o engenheiro sanitarista, Rolando Piaia, que tem 35 anos de experiência em sistemas de tratamento de água e efluentes.
O governo adotou algumas medidas emergenciais para tentar amenizar o problema como diminuição da vazão da água, incentivo à redução do consumo e multa para os gastões, além de alguns projetos que estão em andamento como o aumento da produção de água, com a Parceria Público-Privada (PPP) do Sistema Produtor de Água São Lourenço, o aumento da captação dos sistemas Rio Grande, Guarapiranga, Baixo Cotia e a interligação do Rio Paraíba do Sul. Mas, nenhuma alternativa que traga um alívio imediato, já que os projetos dependem de obras com prazos de conclusão a médio e longo prazo.
Medidas, que segundo os especialistas, não representam uma solução definitiva. “A transposição de água de outros mananciais, além de serem obras caras e demoradas, pode sobrecarregar outras regiões, e prejudicar o sistema de tratamento de esgoto da capital, que já não é capaz de tratar tudo que nele é despejado”, justifica o engenheiro sanitarista e diretor geral do Portal Tratamento de Água – site de informação técnica sobre água –, Eduardo Pacheco.
Para ele, o caminho está na recuperação de mananciais produtores, já que só no Cantareira há um déficit de 30 mil hectares de mata nativa; investimento na redução de perdas, que atualmente, deve estar entre 30% e 40%; e ampliar o reúso de água com o tratamento de esgoto. “Se o governo não tivesse demorado tanto tempo para alertar a população para que ela economizasse água, se não tivesse tanta perda e se os mananciais fossem preservados, não estaríamos vivendo uma situação como essa”, esclarece. “A meu ver uma crise social sem precedentes na história do Brasil, já que a falta de água também afeta a produção de energia, a agricultura e as indústrias”, completa.
Para os próximos meses
De acordo com as projeções do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres do Ministério da Tecnologia se a chuva for somente 10% da média histórica durante o verão, a água do volume morto do Cantareira pode se esgotar no final de março. Caso a chuva mantenha a média dos últimos meses, a água deve acabar em junho. “Esperamos que essas chuvas continuem em março e só no final da época chuvoso é que poderemos tomar uma decisão sobre como vamos passar o período de estiagem. Por enquanto não há previsão de rodízio”, declarou o diretor metropolitano da Sabesp, Paulo Massato.
O que concorda Piaia: “Não existe nenhuma grande ação que traga resultados para esse ano, vamos ter que contar com a economia das pessoas e com o regime de chuvas. Eu prefiro ser otimista e esperançoso, e torcer pelas chuvas de março. Caso elas não venham em quantidades suficientes teremos uma situação bem complicada, a população terá que ser muito paciente e, principalmente, continuar economizando”, opina.
Para Cortês a tendência é de agravamento: “Iniciaremos o período de estiagem, que começa em abril, com menos água do que tínhamos na mesma época em 2014. Como há possibilidades dos sistemas Cantareira e Tietê se exaurirem antes do final do ano, acredito que pode ser adotado um rodízio mais severo ainda que as previsões da Sabesp de 5 dias sem e 2 dias com água”, ressalta o geólogo.
Pacheco vai além e afirma que em curto prazo não há uma solução para a crise hídrica. “Nós vamos ficar sem água. Nos próximos seis meses vamos passar por momentos bem complicados, como um rodízio de 6 dias sem e 1 com água. Será um teste de civilidade, vamos aprender na dor a tratar a água como o bem precioso que ela é”, justifica. “Fico pensando o que a população será capaz de fazer quando ficar sem água? Que Deus nos ajude!”, finaliza.
Possíveis soluções
Especialistas explicam algumas ideias que podem ser utilizadas para amenizar a crise hídrica da capital paulista, a maioria projetos de soluções a médio e a longo prazo
Rodízio de água
Cortês afirma que o rodízio em sua forma tradicional, com o corte no fornecimento de água não é uma boa solução, pois ele facilita a contaminação da rede. “Quando a rede é despressurizada, os mesmos furos e vazamentos que fazem com que parte da água distribuída seja perdida servirão de porta de entrada para a água que está no subsolo, gerando a contaminação”, explica. Outro problema apontado pelos especialistas é que quando há a repressurização da rede, podem ocorrer aumentos súbitos de pressão em determinados trechos, levando à ruptura de tubos ou conexões. Comparativamente, segundo Cortês, a despressurização parcial da rede é uma solução melhor do que o rodízio, pois reduz as chances de contaminação ou a ocorrência de problemas de ruptura quando ocorre a repressurização, o que já está sendo realizado pela Sabesp. Para Pacheco, se a as chuvas não forem generosas em março, o rodízio será inevitável nos meses de estiagem, mas concorda que a solução não é das melhores. “A Sabesp está evitando essa manobra de rede porque ela é muito complexa e em grande parte manual, além de ocasionar vários problemas”, completa.
Poços artesianos
Segundo os especialistas a opção é uma alternativa pontual e para uso restrito durante a crise, já que a água subterrânea sozinha não será suficiente para resolver o problema. Cortês usa como exemplo um estudo de geociência da Universidade de São Paulo, que diz ser possível extrair 10 mil litros de água/segundo com poços abertos pela Sabesp. “Ela teria a possibilidade de abrir esses poços em um prazo de 30 dias e o tratamento dessa água é muito mais simples que um volume morto, mas para abastecer locais emergenciais, como escolas e hospitais”, explica. Entretanto, o geólogo ressalta que a perfuração de poços precisa ser feita por empresas especializadas e com acompanhamento de um geólogo ou engenheiro de minas para reduzir as chances de utilização de água contaminada e fazer a exploração dentro de critérios adequados.
Reúso de esgoto
A longo prazo, o reúso é apontado pelos especialistas como a melhor opção para a região metropolitana, já que proporcionaria um aumento na oferta de água sem produzir mais resíduos, que São Paulo não tem capacidade de tratar. O tipo mais comum de reciclagem é o tratamento do esgoto para depois o utilizar em descargas ou a limpeza de ambientes, porém, esse método exige uma mudança em toda a rede hidráulica da cidade, já que a água potável deve ser separada da de reúso. A opção mais viável, apesar de mais cara, seria tratar a água do esgoto e transformá-la em potável, processo que inclui técnicas avançadas como filtragem química e por membranas, mas seria possível aproveitar toda a rede já existente. A água tratada poderia ser inserida em uma represa, onde é captada e tratada novamente, ou ir direto para uma estação de tratamento, em que passa mais uma vez pelo processo de despoluição e é jogada na rede. No entanto, afirma Pacheco, qualquer uma das opções requer tempo para a execução das obras das usinas de reúso. Cortês explica, que o fornecimento de água de reúso obtida a partir do tratamento de esgoto já é feito em São Paulo pela Sabesp. Há indústrias que utilizam essa água em seus processos industriais ou torres de refrigeração, e a lavagem de ruas após as feiras livres é feita, obrigatoriamente, com a água de reúso (por força de lei municipal Lei nº 13.309/2002). Entretanto, segundo ele, esse uso deve ser ampliado e incentivado. O que já está sendo feito pelo governo, que promete entregar até o final de 2015 a Estação de Produção de Água de Reúso (EPAR), perto do Autódromo de Interlagos, que vai gerar 2 metros cúbicos de água no abastecimento da represa Guarapiranga.
Aquífero Guarani
Piaia explica que o aquífero Guarani é um oceano gigantesco embaixo da terra, é um dos maiores do mundo e tem uma água excelente que precisaria de um tratamento mínimo. “O problema é que a vasão não é muito grande, seria possível captar algo em torno de 5 m³/segundo, além da distância, trazer essa água para São Paulo teria custos muito elevados”, detalha. “Além disso, as obras para utilização do aquífero são muito demoradas, só para perfurar o poço, levaria em torno de um ano”, revela Pacheco. Cortês aposta no aquífero como uma boa alternativa para o interior do estado de São Paulo. O que também é a ideia do governo, usar a exploração do aquífero para reforçar o abastecimento em cidades da bacia Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) com a perfuração de 24 poços profundos, aliviando a utilização do Sistema Cantareira. Mas, não há previsão para início das obras.
Dessalinização da água do mar
“Se fôssemos uma cidade litorânea, seria uma possibilidade, mas para São Paulo não é uma solução viável, porque seria necessário vencer a barreira da Serra do Mar, com um desnível de aproximadamente 700 metros, o que aumentaria muito o custo”, explica Piaia. Além disso, de acordo com Cortês, a dessalinização é um processo que consome muita energia elétrica, tornando-o muito caro. “Acredito que há alternativas mais viáveis do ponto de vista econômico”, acrescenta. Pacheco vê a dessalinização como uma boa alternativa para as cidades do litoral paulista, além do Rio de Janeiro e Vitória, que igualmente se beneficiariam. Mas ressalta, que as obras para esse tipo de tratamento também leva tempo, cerca de 2 ou 3 anos.
Represa Billings
De acordo com os especialistas é possível utilizar a água da Represa Billings, que armazena principalmente água para geração de energia elétrica para a usina hidrelétrica Henry Borden, na Baixada Santista, mas ela requer um sistema de tratamento mais sofisticado, pois apresenta um nível elevado de poluentes. “A Billings conta com esgoto, lixo e resíduos industriais, se fizer uma análise, aparece toda a tabela periódica”, pontua Pacheco. Segundo ele, apesar de possuir a tecnologia – que tem um custo muito alto – São Paulo ainda não tem uma estação própria de tratamento para tratar a água da Billings, além das tubulações necessárias para tirar a água da represa e levar até a estação. “Tudo isso precisa de obras, que não são nada simples, ou seja, não é algo para 2015”, revela. “Eu, particularmente, antes de pensar em utilizar a água da Billings tentaria outras soluções”, defende Piaia. A Sabesp admite que estuda formas de tratar e distribuir a água da represa, porém ainda não foi divulgado como, nem quando isso será realizado. Atualmente, a empresa utiliza a água de dois braços da represa, da parte do manancial considerada mais limpa e isolada da área mais poluída da Billings.
O japonês que faz chover
Sistema de indução de chuvas localizadas, inventado pelo engenheiro Takeshi Imai, já colaborou com diversas regiões do País, em especial com o Sistema Cantareira
A empresa comandada pelo engenheiro Takeshi Imai, a ModClima foi fundada em novembro de 2007, e nasceu para dar prosseguimento ao trabalho de indução de chuvas localizadas, que já vinha sendo realizado por Imai, em parceria com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – Sabesp. Por mais estranho que a ideia possa parecer em um primeiro momento, Imai conseguia, literalmente, fazer chover.
O processo, criado por ele e patenteado, é inteiramente físico e envolve princípios de termodinâmica e transferência de calor, como ocorre no desenvolvimento natural da nuvem. O processo é apenas acelerado visando a precipitação em determinada área alvo. Utilizando apenas água potável e gotículas de tamanho controlado, lançadas em regime de turbulência no interior de nuvens cumulus, é possível promover o crescimento vertical da nuvem semeada e gerar precipitação após cerca de 20 a 40 minutos de semeação.
Os primeiros voos experimentais foram realizados por Imai em 1998 na região de Atibaia. Em 2001, com o apoio da Sabesp, a pesquisa ganhou corpo e foram realizados muitos voos de semeação, além de desenvolvimento e teste de equipamentos. Em 2005, a ModClima firmou com a Sabesp o primeiro contrato para produção de chuvas artificiais sobre o Sistema Cantareira.
Atualmente a tecnologia já contabiliza 7 contratos com a empresa, 12 anos de experiência, 1000 horas de voo, aproximadamente 600 chuvas realizadas e desenvolvimento de novas pesquisas e Know-How próprio. O processo é aplicado na Sabesp sobre os mananciais dos Sistemas Cantareira e Alto Tietê.
Em 2009, a tecnologia de indução de chuvas localizadas passou a ser utilizada também na agricultura, como o intuito de minimizar o impacto da seca, da falta de chuvas, e do déficit hídrico em vários estados brasileiros, entre eles: Bahia, Goiás, Maranhão, Paraná, Pernambuco e São Paulo.
Takeshi Imai faleceu em 2013, mas deixou seus conhecimentos para os filhos Ricardo e Majory Imai, que continuam fazendo chuva em várias regiões do Brasil.
Exemplos de sucesso
A escassez de água não é um problema exclusivo do Brasil. Saiba como os países orientais conseguiram solucionar a questão
COREIA DO SUL
Revitalização de rios e afluentes ajudaram a controlar as secas e as enchentes, revitalizando os ecossistemas e a qualidade da água
Há cerca de 10 anos a Coreia do Sul passou a adotar um plano de governo voltado à sustentabilidade, após décadas de crescimento econômico acelerado, que gerou desgastes ambientais e muita poluição. Um dos principais projetos foi a recuperação dos principais rios e afluentes do país.
A primeira revitalização foi realizada no riacho Cheonggyecheon, que corta o centro de Seul, capital da Coreia, e tinha sido invadido pelo esgoto, de forma similar à degradação imposta ao Rio Tietê, na capital paulista.
As pistas que cobriam o riacho foram removidas, o esgoto despejado passou a ser todo tratado, mais água foi capturada e injetada no riacho, já que algumas áreas estavam secas, um sistema de controle de enchentes foi implantado, além de áreas de lazer ao longo das margens. Atualmente, o Cheonggyecheon transformou-se em um parque turístico linear e de lazer, que recebe diversas atrações culturais.
Os rios Han, Geum, Nakdong e Yeongsan, os maiores do país, também foram restaurados, assim como seus afluentes. O principal objetivo era controlar as secas e enchentes, um grave problema, especialmente, no interior, e revitalizar os ecossistemas e a qualidade da água.
Com as obras, as águas dos afluentes foram limpas antes de desaguarem nos rios principais, e as redes de tratamento de esgotos foram ampliadas e melhoradas, com isso, foi possível acabar com a falta de água e controlar as enchentes.
JAPÃO
O reúso de água é a principal medida adotada em diversas províncias do país para combater o desperdício e a escassez de água
A terra do sol nascente é um dos grandes exemplos no reúso de água. Desde a década de 1960, após passar por uma grande seca, o país tem implantado projetos urbanísticos de reúso e recuperação de águas residuais.
Uma das primeiras ações foi a reutilização de água em todas as indústrias de Tóquio e Nagoya. Já na década de 1980, o reúso passou a ser a solução também para o consumo doméstico nas grandes cidades. Por lá a água é usada para limpeza, nas descargas e para derreter a neve.
No final da década de 1990 o Japão já contabilizava mais de mil unidades de reutilização, destinando cerca de 90 milhões de m³ por ano de água de reúso para usos urbanos.
Outra medida adotada pelo governo há cerca de 10 anos é a implantação, em todos os prédios com mais de 10 mil metros quadrados construídos em Tóquio, de equipamentos com sistemas de tratamento e reúso de água. Em Osaka e Fukuoma, desde 2003, o projeto abrange os edifícios maiores que 5 mil metros quadrados.
Nos prédios públicos e comerciais são usados encanamentos duplos, um para água potável e outro para água de reúso. No distrito de Sumida, na província de Tóquio, a água de chuva é uma alternativa para garantir uma maior segurança no abastecimento em potenciais situações de emergência. O sistema duplo também é utilizado, o que gera uma economia de água superior a 30%, como explica Plínio Tomaz, no livro “Aproveitamento de água de chuva para áreas urbanas e fins não potáveis”.
No Japão, a média de investimento atual para o tratamento da água de reúso é de cerca de 196 milhões de dólares, e ainda conta com repasses de emergência em regiões afetadas por catástrofes naturais, como o terremoto seguido de tsunami que atingiu Fukushima, em 2011.
Como economizar
Confira algumas dicas dos especialistas para não desperdiçar água e conseguir enfrentar a crise hídrica
No Banheiro
• Mantenha a torneira fechada, enquanto escova os dentes. Você economizará de 12 litros em casa a 80 litros de água em apartamento;
• Não tome banhos demorados. Se possível coloque uma bacia sob seus pés e use a água do banho para jogar no vaso sanitário ou para lavar o quintal;
• Descarga consome muita água. Não use à toa. Se possível, opte pelos vasos sanitários com caixas acopladas de duplo circuito.
• Não utilize a bacia sanitária como lixeira, jogando papel higiênico, cigarro, etc. Consome-se de 6 a 10 litros de água, ao acionar a válvula de descarga por seis segundos;
Na Cozinha
• Limpe bem os restos de comida de pratos e panelas, antes de lavá-los, jogando os restos no lixo;
• Encha a pia com água e detergente até a metade e coloque a louça. Deixe-a de molho por uns minutos e ensaboe. Repita o processo e enxágue;
• Só ligue a máquina de lavar louça quando estiver com capacidade total;
• Utilize arejadores nas torneiras, eles misturam ar e água, “aumentando” o fluxo geral e facilitando o processo de limpeza;
Na Lavanderia
• Deixe a roupa acumular e lave tudo de uma só vez;
• No tanque, feche a torneira enquanto ensaboa e esfrega a roupa;
• Utilize a máquina de lavar somente quando estiver na capacidade total. Uma lavadora de cinco quilos consome 135 litros de água a cada uso. Aproveite a água da lavagem da roupa para a limpeza de pisos e quintal;
No Jardim, no quintal e na calçada
• Não lave o carro com mangueira. Use balde e um pano;
• Não use a mangueira para limpar a calçada e sim uma vassoura. Usar a mangueira como “vassoura” durante 15 minutos pode desperdiçar cerca de 280 litros de água.
• Regue as plantas pela manhã ou à noite, para evitar o desperdício causado pela evaporação, e opte por um regador ao invés de usar a mangueira;
• Tente captar a água de chuva e utilize na limpeza de pisos;
Cuidado com vazamentos
• Uma torneira gotejando chega a desperdiçar 46 litros de água por dia, o que representa 1.380 litros por mês;