A agenda de eventos das comunidades orientais começa a ficar agitada, mesmo, a partir do próximo mês. Todavia, o planejamento dos grandes festivais já está a todo vapor, com reuniões e encontros para moldar cada um deles. Afinal, o que seria do público sem os tradicionais yakissoba e tempurá, regados a uma “boa” música da cultura tradicional?
Mas, percorrendo algumas dessas reuniões, uma situação tem deixado os organizadores com a “pulga atrás da orelha”: a falta de apoio do Poder Público, em especial no auxílio municipal para viabilizar tais eventos. Na capital, a transição do governo deixou uma grande interrogação na cabeça de muitos, pois as diretrizes dos atuais secretários – pelo menos nesse começo de mandato – não têm contemplado alguns eventos com itens de infraestrutura, tão usadas (e abusadas) na gestão passada.
O resultado é um verdadeiro corre-corre nos bastidores para conseguir uma ajuda, um auxílio. E que gera, por vezes, um atrito desnecessário com autoridades e parlamentares, especialmente os vereadores. Se antes era para ser uma eventual ajuda aos eventos por parte da Prefeitura, hoje, liberar palco, luz, som e outros itens é visto como obrigação pelos organizadores de eventos. Ou seja: a exceção virou regra.
Dos grandes festivais, praticamente todos contam com emendas parlamentares. Trata-se de uma ajuda bastante significativa. Porém, em alguns casos, depende-se única e exclusivamente delas, o que gera um desconforto por parte de quem organiza e, claro, por parte de quem pode destinar tais recursos.
Todo esse imbróglio seria menor caso a cabeça daqueles que comandam alguns destes “festivais” fosse mais profissional e menos gananciosa. Buscar patrocínio é uma das regras mais básicas ao tocar um projeto cultural, assim como enquadrar o evento junto a alguma lei de incentivo fiscal. Na prática, é sair do comodismo para expandir seus ideais. Se o conceito for bom, certamente a iniciativa privada oferecerá auxílio, pois enxergará no evento uma forma de fortalecer sua imagem. Não é tão complicado. Basta ter atitude e, como se diz, “correr atrás”.
Boa leitura.
Rodrigo Meikaru