Editorial: Justa homenagem

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O povo mais festeiro e receptivo do Japão se prepara para celebrar sua cultura. Trata-se dos descendentes de Okinawa, que escolheram o mês de setembro para um dos eventos mais marcantes do calendário cultural de São Paulo: o Okinawa Festival. Nas visitas às entidades e associações espalhadas por São Paulo, percebe-se que tudo é motivo de festa: seja os aniversariantes do mês, seja para celebrar e reverenciar a memória dos antepassados ou mesmo para apenas reunir amigos e jogar conversa fora. Na visão deles, um dos valores que não pode ser deixado de lado é, mesmo, a confraternização…

Portanto, nada mais natural abordar, na edição deste mês, a celebração tão aguardada pela comunidade – e não só de okinawanos, vale ressaltar. A programação contempla tudo de mais preponderante junto às suas raízes, com gastronomia típica, dança, música e bazaristas. Pode até parecer que se trata de mais uma festa japonesa. Porém, olhando mais a fundo, percebe-se o quanto o evento movimenta (e mobilização) as associações e entidades, tudo para acertar nos detalhes. A sinergia de pensamentos é tamanha que nota-se um esforço extra, cujo combustível é vontade e o coração. Neste cenário, os anseios comerciais e interesses pessoais dos dirigentes ficam de lado; em primeiro plano, somente o espírito de coletividade.

Por todo este esforço e dedicação, não podemos deixar de registrar quem, de direito, merece destaque na mídia. Em especial à Associação Okinawa de Vila Carrão, através de seus diretores que não medem esforços por uma causa. São dias e noites trabalhando para a realização de um sonho, cujo início foi marcado pela simplicidade. Aliás, simplicidade esta que está presente ao longo do tempo, pois cada voluntário entra em cena como integrante de um grande time formado com um único propósito, a de preservar os valores passados ao longo da geração de okinawanos no Brasil.

Na matéria especial, caro leitor, damos um panorama geral não só sobre a festividade, mas da comunidade uchinanchu no Brasil. Dos esforços dos primeiros imigrantes à quinta geração presente, a matéria resgata curiosidades das tradições, a exótica gastronomia e os panoramas futuros sobre os jovens – que, energicamente, levam adiante a missão de divulgar a cultura de Okinawa através da música, dança e outras expressões artísticas. Trata-se de uma homenagem, portanto, ao povo mais festivo cuja marca de união estará presente hoje e sempre.

Boa leitura!

Redação