O Brasil, aos olhos dos orientais, sempre foi motivo de desconfiança, há oito anos. Economia instável e políticas internas confusas deixavam inseguros investidores que estudavam o País para negócios locais. Tirando o lado social, com grandes avanços, o País vive na incerteza, especialmente no campo econômico…
Mesmo com esse panorama, os investimentos no Brasil continuam. Atualmente, são mais de 600 empresas japonesas instaladas por aqui – e com uma projeção de mais 50 só no ano que vem. Esse movimento chamou a atenção do governo japonês, pois, em agosto, o primeiro-ministro Shinzo Abe desembarcou com a missão de alavancar negócios e “frear” a forte parceria Brasil-China. Tarefa nada fácil, diga-se de passagem. Com sua política fiscal, monetária e estrutural – denominada “Abenomics” -, Abe quer impulsionar o crescimento anual do PIB e elevar a inflação para 2% ao ano. Para tanto, fomentar novos negócios é primordial para um país sadio e pulsante.
Além do campo econômico, Brasil e Japão terão um ano emblemático, também, no campo diplomático. Em 2015, comemora-se 120 anos de tratado de amizade, comércio e navegação entre ambos os países. Talvez até mais importante do que o próprio centenário da imigração (celebrado em 2008), a data contará com uma série de programação cultural, com o Carnaval paulista, através da agremiação Águia de Ouro que levará o tema para o Sambódromo do Anhembi, até chegar em uma grande queima de fogos, em setembro. Tudo para mostrar o quão significativa é esta data e, em especial, em como o governo japonês olha com atenção a movimentação do Brasil. Afinal, perdeu-se muito terreno para os chineses. Agora, é a hora de retomar os investimentos e, claro, celebrar com louvor os mais de 100 anos de amizade entre os dois países.
Boa leitura!