Enfim, chegamos na época mais esperada do ano por muitos brasileiros. Talvez com pouco brilho ou entusiasmo, como nos anos anteriores de Copa do Mundo. Porém, com o sentimento de que o futebol continua sendo a paixão número 1 do brasileiro. Por mais que as manifestações, greves e clima hostil tenham gerado apreensão e até certo desdém ao evento por parte da população, quando a seleção canarinho entra em campo, (parece) que todos os problemas ficam de lado. O que vale, nessa hora, é vibrar e torcer como manda a tradição…
Por aqui, vemos muitos turistas de diversas partes do mundo. Só do Japão, são mais de quatro mil. Já os coreanos vieram em menor número, mas com a mesma empolgação que seus vizinhos. Chefes de Estado de diversas nações acompanham os jogos de suas respectivas nações, claro, mas, também, traçam planos econômicos e políticos em relação ao nosso País. In loco, sentirão com anda o clima para futuras negociações bilaterais.
Nesse sentido, os japoneses acreditam em futuras negociações. A vinda da princesa Takamado para a estreia dos nipônicos foi bastante simbólica. Para ela – que acompanha de perto a parte esportiva do país oriental -, o principal é estabelecer o contato com nações de diversos países, pois os japoneses sediarão as Olimpíadas em 2020. Daqui até lá, muito tem a ser feito. E, como é de conhecimento, os preparativos já estão a todo vapor.
Todavia, é de se chamar a atenção para o período pós-Copa. Em agosto, está prevista a vinda do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, ao Brasil. Na agenda, diversas tratativas, mas um dos pontos que deve pautar a visita é o (re)aquecimento das parcerias comerciais entre ambos os países. Atualmente, os chineses estão na ponta do ranking como os que mais fazem negócios com o Brasil. E o governo japonês está de olhos bem abertos, com expectativas de melhoras nessas relações com o País. Somente neste ano, mais de 20 empresas nipônicas se estabeleceram por aqui para iniciarem suas representações comerciais, o que significa que aqui ainda é um bol local para se investir.
Todo esse panorama é sinal de bons ventos, pelo menos para o mercado estrangeiro. Se o Brasil patina em assuntos como crescimento econômico e melhorias sociais, por outro lado a imagem (ainda) é relativamente positiva para alguns setores. Bem ou mal, parte do mundo enxerga o País com simpatia e otimismo.
Boa leitura
Rodrigo Meikaru