Prato típico oriental está caindo no gosto dos brasileiros, e na zona oeste de São Paulo a fama fica por conta do Tan Tan Noodle Bar
Fotos Rubens Kato
Antes reservados só ao bairro oriental da Liberdade, os noodles, clássica receita oriental, estão invadindo também outros bairros da capital paulista e caindo no gosto do público brasileiro. Um bom exemplo disso é o bairro de Pinheiros, que recebeu em dezembro o Tan Tan Noodle Bar, o mais novo restaurante “queridinho” da região. O sucesso é comprovado pelas insistentes filas em frente à casa, muitas vezes até antes do horário de abertura.
A nova casa pertence ao chef Thiago Bañares, que já passou por famosos restaurantes do País como o D.O.M, Arturito e Z Deli. De família chinesa, o paulistano resolveu investir na comida que gosta de comer, no caso a oriental, em especial os lámens, uma doce lembrança da infância quando saboreava o lámen do seu avô de Macau.
Em três viagens a Nova York para pesquisar a cena dos bares de noodle, crescente na região, e que tem como representante mais famoso o chef David Chang, da rede Momofuku, Bañares desenhou os moldes do restaurante que abriria em São Paulo. “Experimentei os noodles de cerca de 90% das casas em Nova York, agora já estou com viagem programada para o Japão, para continuar minhas pesquisas”, revela o chef.
Para oferecer o melhore lámen para os seus clientes, o chef tem um fabricante em São Paulo, que desenvolveu a massa especialmente para ele. Além disso, Bañares se dedica na preparação do caldo base, um processo complexo e demorado. “O caldo é preparado todos os dias com galinhas caipiras inteiras, mais pés de galinha, alho, cebola, alho poró e a parte branca da cebolinha. São cerca de 180 litros de matéria bruta, que após 14 horas de preparo, se transformam em 40 litros de caldo”, detalha o chefe. “A nossa ideia é a cada três ou quatro meses mudar o caldo base da casa”, ressalta.
O lámen mais tradicional e um dos mais pedidos é o Shoyu, em que o macarrão vem mergulhado no saboroso caldo base, acompanhado de shoyu, lombo, ovo, cebolinha, alga nori e naruto (pasta de peixe cozida no vapor e cortada em fatias). Por dia, o chef revela que vende cerca de 300 noodles, entre eles 200 são lámens. “Uma prova que as pessoas compraram bem a ideia dos noodles, mais um prato oriental que está caindo no gosto do público brasileiro”, comenta.
Além do lámen, o restaurante também oferece o udon (massa mais larga, feita de trigo sarraceno) servido frio, o yakimen (macarrão lámen, com lombo, broto de feijão e acelga chinesa ao molho de maçã e legumes, feito na panela wok e sem caldo), e diversas entradas, entre elas o gyoza de carne suína, repolho e nirá, a mais solicitada pelo público; tebá, asinha de frango cozida em baixa temperatura, finalizada na chapa, agridoce e apimentada; o tori sandu sanduíche de sobrecoxa desossada, empanada e frita bem crocante, com picles, nori e salada de repolho, no pão de brioche; o katsu sandu, sanduíche de barriga de porco a milanesa, servido no pão de miga; o kaarage de lombo suíno, empado, frito e crocante; e o yoshoku steak, miolo de paleta bovina na chapa e mostarda japonesa.
Outro ponto alto da casa é a mixologia. Segundo o chef há 16 opções de coquetéis, todos autorais. No comando dos drinks está Danilo Rodrigues e assim como os pratos da casa, sempre há uma novidade entre as bebidas. Bañares explica que os mais pedidos são: Hakuna Matata (rum, fernet, mel e limão), o refrescante, Gin e Tonic Tea (gin, tônica, chá branco, hortelã e grapefruit), e o Gojira, uma homenagem ao popular personagem dos filmes japoneses Godzilla (sochu de batata doce, suco de limão e gingerbeer).
Como sobremesa, o restaurante oferece uma única opção: kakigori. A típica raspadinha japonesa, com textura de neve, em dois sabores: chá verde e calda de morango, as duas opções podem ser acompanhadas com leite condensado.
O Tan Tan funciona somente no horário do jantar. De terça-feira a domingo, das 19h às 23h30. E sexta-feira e sábado, das 19h às 0h30. A casa não faz reserva e seus 24 lugares, com o balcão, costumam ser disputadíssimos. Chegue cedo ou se prepare para esperar algumas horas na fila. “Em dias muito movimentados, nossa espera chega a duas horas. Mas, os visitantes podem pedir todos os pratos e drinks do cardápio enquanto aguardam ou levar para viagem e comer em casa”, finaliza Bañares.
Informações
Tan Tan Noodle Bar
Rua Fradique Coutinho, 153 – Pinheiros
Tel.: 11. 2373-3587
Facebook.com/tantannoodlebar