Liberte sua RAIVA!

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Quando você tiver consciência do que lhe incomoda, conseguirá se relacionar melhor com você e com o os outros.

Por Rodrigo Fonseca

Mas, se você vive aceitando coisas que lhe fazem sofrer, corre o risco de explodir a qualquer momento, perdendo o controle de suas emoções e descontando em pessoas que você ama e que não tem nada a ver com isso.

O coração acelera, os dentes cerram, o rosto fica vermelho e temos vontade de gritar, ou até mesmo de pular no pescoço do outro. Isso é a raiva em movimento no nosso corpo.

Você já viu algum bebê ficar roxo de tanto chorar? Pois é assim que eles reagem quando não tem suas necessidades atendidas. A capacidade de sentir ou reagir de alguma forma a esse sentimento faz parte de nós desde que nascemos. Os bebês não aprendem a frear os impulsos, e por isso, manifestam o que sentem a qualquer momento. Mas logo na infância, aprendemos que a raiva é uma emoção negativa e típica de pessoas mal educadas. Passamos, então, a acreditar que, se demonstrarmos nossa irritação ninguém irá gostar de nós ou seremos rejeitados.

Somos condicionados a não manifestar a raiva, mas na verdade deveríamos aprender COMO demonstrar essas insatisfações que, quando reprimidas, podem ser manifestadas na forma de diversos distúrbios emocionais e físicos como depressão, ansiedade, compulsão alimentar, insônia ou até mesmo um câncer. Na realidade, a raiva é um mecanismo de defesa, cuja principal função é expressar algo que não está bem, impulsionando-nos a buscar MUDANÇAS. Quando acolhemos a raiva como um sentimento natural, passamos a ter consciência de que não precisamos perder o controle para expressá-la sem prejudicarmos pessoas que amamos, e nem a nós mesmos.

E como libertar nossa RAIVA sem machucar as pessoas?

Admitir o sentimento é o primeiro passo. Manifestá-lo por meio do diálogo, no momento em que o conflito acontece, é uma maneira eficaz de lidar com a nossa raiva. É preciso dizer com clareza o que nos atingiu, mostrando ao outro que tal comportamento não nos fez bem. Se o momento já passou e você não tem mais como expressar esse sentimento reprimido, imagine que você está frente a frente com quem vivenciou o conflito, e fale para o outro tudo o que gostaria de dizer. Analise como se sente e o por quê. Se quiser, pode representar o papel do outro, tentando imaginar seus sentimentos e motivos. Isso costuma resolver a diferença entre as duas partes que sempre estão buscando apenas o melhor para si, e por mais estranho que pareça, para o outro também.

Pontuar o que não nos agradou não é necessariamente a mesma coisa que ser grosseiro. Quando sentimos raiva é um sinal de que alguém invadiu nosso espaço, desrespeitou nosso limite e acabou causando esse incomodo. Tendo claro em sua mente o que lhe faz bem e o que lhe prejudica, você pode manifestar suas emoções sem precisar machucar ninguém, especialmente VOCÊ!

RODRIGO FONSECA é especialista em Inteligência Emocional, facilitador da Lotus Treinamentos e Fundador da Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional. Há 14 anos nesse mercado já treinou mais de 40 mil pessoas ao longo desse período. www.lotustreinamentos.com.br.