Mercado: Negócios da China

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Gigante no ramo de smartphone, Xiaomi mira Brasil para exnpansão de mercados emergentes

Foto Divulgação

VP da Xiaomi, o brasileiro Hugo Barra quer mercados como Indonésia, Brasil e Índia
VP da Xiaomi, o brasileiro Hugo Barra quer mercados como Indonésia, Brasil e Índia

Ainda desconhecida no Brasil, a gigante chinesa Xiaomi enxerga no mercado tupiniquim uma grande oportunidade de expansão no ramo de smartphones. Para tanto, prepara seu desembarque por aqui, no ano que vem, com um objetivo bastante específico: brigar pela liderança em vendas e bater rivais como Apple e Samsung.

Pode parecer utópico querer a liderança de mercado sem nem ter se estabelecido no País, mas a gigante chinesa possui credenciais bastante sólidas, pois a jovem empresa teve um crescimento anual de 211% no volume de smarpthones vendidos, ficando apenas atrás das tradicionais Samsung e Apple e à frente de outros nomes de peso, como Sony, LG, Motorola e Lenovo. A conta é baseada em uma fórmula simples: é a líder na China, maior mercado de smartphones do mundo.

Com o segmento local sob controle,  recentemente a empresa começou a atuar em outros mercados, como a Índia, e deve chegar ao Brasil em breve. E com um modelo de negócios bastante competitivo, baseado em tecnologia de ponta e preços (bem) abaixo dos praticados pelos principais concorrentes. Desde sua criação, a Xiaomi tem adotado estratégias muito similares às usadas pela Apple.

Outra característica é lançar mão de artifícios para fidelizar o consumidor. Tal como a Apple, a Xiaomi investe em super eventos de lançamentos de seus produtos, despertando o desejo de compra e, até mesmo, criando fãs que vibram a cada nova especificação mencionada por Jun. Além, claro, de ressaltar o ótimo custo-benefício. Exemplo dessa estratégia é o aparelho Mi4, smartphone de ponta mais recente da Xiaomi. Com tela de 5 polegadas IPS e Full HD, 3 GB de RAM e processador Snapdragon 801 quad core de 2,5 GHz, além de câmeras traseira de 13 MP com flash LED duplo e frontal de 8 MP, custa modestos US$ 330 (cerca de R$ 820). Para efeito de comparação, o iPhone 6 mais básico custa US$ 860 (cerca de R$ 2.100).

Apesar do atraso – era para a empresa ter começado suas operações neste ano – a marca deve chegar ao Brasil na primeira metade do ano que vem e já está registrada no país desde maio desse ano sob o nome Xiaomi do Brasil Tecnologia LTDA. Segundo o vice-presidente da companhia, Hugo Barra (ex-executivo do Google), a expansão da empresa demorou mais do que se esperava no país pois ela havia decidido focar seus esforços na Índia e Indonésia. Cedo ou tarde, não vai demorar muito para que os aparelhos chineses estejam na mão dos brasileiros e façam sucesso por aqui.