A Organizações das Nações Unidas realizou mais uma pesquisa sobre índices de felicidade da população dos países. Neste ano, a pesquisa feita por um órgão ligado à ONU classificou 156 países e na listagem deste ano comparada a listagem divulgada em 2018, o Japão e o Brasil apresentaram quedas.

O Japão apresentou queda de quatro posições comparada a pesquisa de 2019 ficando em 58º lugar, enquanto o Brasil, apesar de diversos problemas sociais, políticos e financeiros,  ficou um pouco a frente, em 32º lugar. Considerada a nação mais rica e poderosa do planeta, os Estados Unidos ficaram apenas em 19º lugar na pesquisa.

No entanto, o resultado da pesquisa apresentado pela ONU, mostrou um domínio grande de países europeus, inclusive sendo dominados pelos chamados de países nórdicos.

A relação dos 10 primeiros colocados divulgados no ranking de países mais felizes é a seguinte:

1 – Finlândia
2 – Dinamarca
3 – Noruega
4 – Islândia
5 – Holanda
6 – Suíça
7 – Suécia
8 – Nova Zelândia
9 – Canadá
10 – Austrália

O conceito de felicidade utilizado pela organização leva em consideração fatores como PIB, média de vida, generosidade, apoio social, grau de liberdade, percepção da corrupção, entre outros.

Mas o que pode fazer da Finlândia e dos países nórdicos serem mais felizes?

A maior parte dos países nórdicos tem climas frios na maior parte do ano, praticamente um inverno com temperaturas próximas ou abaixo de zero durante seis meses e um verão mais curto no qual, por estarem mais perto do polo norte, tem dias bem longos, tão longos que as vezes à meia-noite tem sol. Isso poderia tornar uma coisa até chata de se pensar, mas se torna um atrativo turístico para quem não mora lá, logo, investimento no turismo ajuda no PIB.

Mas se colocarmos na ponta do lápis, isso é bem irrelevante comparado aos outros pontos que fazem desses países como os mais felizes. Os pontos fortes seriam a generosidade da população e dos governantes, o forte combate a corrupção, onde praticamente é dificil de sabermos de casos de desvio de verbas e, principalmente, os impostos sendo devolvidos à população através de investimentos em serviços, educação, saúde e outros setores. O fator liberdade também chega a ser importante para elevar a felicidade desses países, um dos motivos seria o fato das horas de trabalho nesses países que são em média de 6 à 7 horas diárias, chegando numa média de 30 à 35 horas semanais e claro, uma boa remuneração.

Se compararmos o Brasil e o Japão nesses fatores acima, com certeza a terra tupiniquim ficaria muito longe de ter essas metas atingidas, mas o Japão nem tanto, já que muitos japoneses relatam que grande parte dos impostos arrecadados são realmente aplicados nos serviços essenciais. Mas se olharmos bem ao se tratar de um índice de felicidade previamente dito, o Japão vêm nesses últimos anos sofrendo com um envelhecimento de sua população, já que vive uma crise devido à baixa taxa de natalidade no país, algo que está preocupando o governo japonês. Mas talvez o principal índice que faz o Japão cair tanto, pode ser falta de liberdade por parte dos japoneses comparado a muitos outros países.

Como vemos recentemente em várias reportagens em sites e TV que na terra do sol nascente há mais trabalho sobrando do que pessoas desempregadas. No entanto, os japoneses trabalham em média 10 a 12 horas ou mais diárias, muitas vezes trabalham aos sábados e domingos e com poucos períodos de folgas ao longo do ano, logo, menos liberdade para aproveitar melhor a vida. Já os jovens também tem alguns motivos para serem incluídos nisso, como por exemplo o fato de muitas famílias pela cobrança de boas notas na escola e praticamente tendo como objetivo uma sonhada vaga na universidade.

Fonte da pesquisa: HUFFPOST Japan via IPC