Símbolos do espírito coletivo e de alegria, okinawanos mantêm tradições e almejam novos rumos na questão cultural
Foto: Cris Komesu
Conhecida pela união de seu povo em torno das tradições e da família, a província de Okinawa foi um reino independente durante muitos séculos, tanto que o arquipélago tem dialeto e costumes próprios em relação ao resto do Japão. Também foi por lá que ocorreu a maior batalha do Pacífico durante a Segunda Guerra Mundial, e posterior ocupação militar norte-americana, que perdura até hoje. Cerca de 150 mil pessoas, entre imigrantes e descendentes, deste paraíso localizado ao sul do Japão vivem no Brasil e trazem consigo o inconfundível jeito uchiná de ser.
Eles formam a maior comunidade uchinanchu – como são chamados os nativos da Ilha – fora do Japão. “São Paulo abriga a maior comunidade, cerca de 70% dos okinawanos vivem em terras paulistas”, conta o especialista na cultura okinawana, Shinji Yonamine. Nos arredores do Estado, cidades como São Caetano do Sul, Santo André, Mauá, Suzano e Guarulhos contam com grandes concentrações. “Na capital paulista bairros como Vila Carrão, Penha, Centro, Santo Amaro, Jabaquara, Ipiranga, Campo Limpo, Carandiru, Casa Verde e Vila Nova Cachoeirinha, baseado nas sub-sedes das associações também têm grandes concentrações de okinawanos”, revela Yonamine.
Quem é dessa etnia se reconhece pelo sobrenome. “Higa, Kanashiro, Kinjo, Oshiro, Miyashiro, Arakaki… são alguns dos mais comuns no Brasil”, enumera o especialista.
Para entender melhor essa comunidade, dois conceitos fundamentais que regem os uchinanchus precisam ser compreendidos: o “ichaariba choode” que significa “uma vez que nos encontramos, somos irmãos”, e o espírito “yuimaru”, os laços inexoráveis da solidariedade okinawana.
Que ficam claros na divulgação e preservação da cultura e tradições okinawanas em terras tupiniquins, com a realização de grandes eventos que destacam a música, as artes e as danças típicas; e na força dos descendentes também no setor econômico. Unidos, parentes e amigos montaram, no Brasil, negócios nas áreas de ferragens, materiais de construção, mercearia e perfumaria. Empreendimentos que “cresceram por meio da colaboração, ajuda e orientação, mantendo sempre vivo o espírito de solidariedade”, explica Yonamine.
Um pouco de história
Em 1908, quando o navio Kasato Maru desembarcou em terras brasileiras trazendo os primeiros imigrantes japoneses ao Brasil, dos 781 tripulantes, 325 eram uchinanchu. Okinawa foi a província que mais enviou imigrantes, de todos os navios, apenas em dois, no Ryojun Maru e no Kanagawa Maru, não tinham a presença de okinawanos.
“Logo que chegaram em terras tupiniquins os imigrantes de Okinawa foram para duas fazendas de café, a Canaã, em Ribeiro Preto e a Floresta, em Itu”, relata Yonamine. “Mas, a maioria dos uchinanchus fugiu das fazendas sem cumprir os contratos, e foi para Santos para trabalhar como estivadores, alguns posteriormente carroceiros e motoristas de táxi, ou para atuar nas chácaras na Ponta da Praia”, completa o especialista.
Posteriormente, muitos conterrâneos os seguiram, alguns deles após passagens por países vizinhos como Argentina, Bolívia e Peru. Países que também têm uma grande concentração de okinawanos, segundo Yonanime, 70% da colônia japonesa desses países são uchinanchus.
O espírito fraterno desse povo também foi bastante difundido quando muito dos imigrantes do arquipélago começaram a se deslocar para as grandes cidades, principalmente, a partir da década de 1970. Unidos pelo dialeto e pelas tradições, os okinawanos que se estabeleceram no início do processo migratório ajudaram de todas as formas os conterrâneos que chegaram na sequência, oferecendo hospedagem, ensinando o ofício e financeiramente.
Presente e futuro da comunidade
Após 106 anos que os primeiros imigrantes de Okinawa chegaram ao Brasil, a pergunta que fica é se a comunidade uchinanchu está conseguindo manter suas tradições vivas e se isso vai continuar por muito mais tempo? A cientista social e antropóloga, Laís Miwa Higa, explica que atualmente vê a comunidade se “ressignificando e atualizando suas memórias e símbolos. Acredito que a comunidade okinawana transnacional, em especial, a brasileira tem conseguido manter suas tradições e seu espírito de união. Se não conseguisse, não estaria passando, como tantos outros grupos ao redor do planeta, por um momento de reafirmação identitária e cultural”.
Para Yonamine, “se imaginarmos um núcleo de 20 mil descendentes, que corresponde à mesma quantidade de imigrantes que chegaram ao Brasil, podemos dizer que uma boa porcentagem tem seus elos ligados à cultural okinawana, porém se compararmos em relação aos 150 mil que vivem no Brasil, essa quantidade é uma minoria”, justifica. “No mundo restrito da minha convivência junto à comunidade, a sensação é de que existe uma maioria de jovens ainda com suas atenções voltadas à cultura okinawana”, ressalta.
O que concorda o diretor do Colégio Exatus – instituição que trabalha para manter vivas as tradições okinawanas –, Julio Takara: “No Brasil, as tradições e culturas okinawanas ainda são muito fortes, somos uma das poucas comunidades que conseguem preservar as raízes e a união”, afirma. “Com o tempo e o processo de ocidentalização acredito que isso possa mudar, mas é nossa missão manter as tradições, já que a cultura não se dilui tão fácil assim”, completa.
Lais considera que a manutenção de costumes e tradições pelas gerações mais novas ou futuras é questão de trabalho cotidiano. “Essa nova geração de descendentes é bem ativa, curiosa e mantém vínculos afetivos e racionais muito fortes com a cultura de seus ancestrais. Afetivos pelo seu contato com avós e pais, pelo sentimento de pertencimento, pela emoção diante das artes okinawanas. E racional por seu interesse no estudo de suas línguas, no conhecimento de sua história e política. Como está a comunidade vai bem. Mas é preciso acreditar nessa juventude que dedica todas as suas horas livres para colaborar voluntariamente nas associações e grupos artísticos da comunidade”, enaltece. “Eu acredito que a comunidade só tem a crescer. Pelas artes, pela cultura familiar e pelo ideal de sua solidariedade, a comunidade okinawana pode mostrar para o mundo uma outra história, invisibilizada até hoje pelo racismo e pelo poderio militar e econômico norte-americano e japonês”, finaliza.
Sabores okinawanos preservados
Conheça a rica gastronomia de Okinawa, formada por combinações diversas
Fotos Divulgação
Pesquisas revelam que a ilha de Okinawa é um dos lugares de maior longevidade do mundo, onde existem atualmente mais de 400 pessoas com idade acima de 100 anos. O segredo? Além dos fatores climáticos e estilo de vida, é a alimentação. Composta por uma combinação das influências das culinárias do Japão, China, Coreia, e de países do sudeste asiático, a gastronomia okinawana é rica em legumes e verduras frescos, peixes, para a surpresa de muitos, carne de porco, algas marinhas, tofu (queijo de soja) e alto consumo de chá.
No Brasil, mesmo com a grande representatividade da população de origem okinawana, principalmente, na capital paulista que tem a maior comunidade do País, a culinária típica da Ilha não é muito difundida fora do seio da comunidade, nem mesmo entre os descendentes de japoneses de outras províncias. Ela ainda está reservada às famílias e aos eventos festivos da colônia. Restaurantes especializados nessa gastronomia são poucos.
Em São Paulo, podemos destacar o Gatimayá, que existe há 5 meses, na Vila Prudente, zona Leste da cidade, e o Oishiisá, que funciona no Ipiranga, zona Sul da capital paulista, há três anos. “Exatamente pela falta de representantes da gastronomia okinawana que resolvemos abrir a nossa casa, para divulgar a culinária caseira, aquela que lembra as receitas das avós”, justifica Meire Tchitose Sanabe, proprietária e chef do Oishiisá.
“A culinária de Okinawa é mais saudável e leve, já que usamos pouca fritura, a maioria das receitas é cozida ou refogada”, conta
Beto Miyashiro, proprietário e chef do Gatimayá. “Os pratos são menos adocicados que as preparações japonesas, também usamos muito missô como base, pouco shoyu, e não comemos muita conserva como os moradores de outras províncias do Japão, já que o clima de Okinawa é mais tropical, não temos invernos rigorosos, então temos verduras e legumes frescos o ano todo”, completa Meire.
Dentre os legumes mais consumidos pelos moradores da Ilha está o goya (nigauri ou melão de são caetano), vegetal de cor verde, sabor amargo e rico em vitaminas, que é o ingrediente principal do “goya champuru”, receita clássica okinawana, feita também com ovo e tofu refogados. É possível destacar ainda o naberá (‘bucha vegetal’ consumida quando ainda está verde), e o shibui ou tôgan, pepino grande, ideal para sopas, que tem uma textura que lembra a mandioca.
“Entre as receitas tradicionais, uma das mais famosas é o ‘hidjá no shirú’, sopa de cabrito, prato servido em ocasiões especiais como Ano Novo e casamentos”, explica Miyashiro.
Carne suína na mesa
Contudo, a estrela principal da culinária da Ilha é a carne de porco, por ser muito saborosa, ela é indispensável na mesa de um bom okinawano: “Utilizamos muita carne de porco nas preparações. Os okinawanos costumam brincar dizendo que do porco se aproveita tudo menos o ‘grunhido’”, conta Meire.
Questionada sobre o estigma que essa carne tem no Brasil, de não ser saudável, a chef explica que a grande diferença é o preparo: “Nós não pegamos a carne de porco e fritamos, por exemplo. Na maioria dos pratos a carne é fervida por muitas horas, eliminando totalmente a gordura e mantendo apenas o colágeno, que é ótimo para a pele e para manter o corpo em forma”.
Dentre as receitas que utilizam o ingrediente, a mais popular em terras tupiniquins é o okinawa soba, uma espécie de sopa feita com soba (macarrão), carne de porco, kamaboko, cebolinha, ovo fatiado, caldo de porco e de galinha, hondashi e shoyu. “O soba okinawano é feito com farinha de trigo, é mais branquinho, diferente do japonês, feito com trigo sarraceno”, explica Meire, que faz a própria massa em seu restaurante. Ela ressalta também que em Okinawa a receita é comumente servida com panceta, mas no Brasil ela utiliza o lombo, por ser mais sequinho e agradar mais o gosto dos brasileiros.
Na Ilha também é comum outra variação da receita, o sooki soba, servido com costelinha de porco, versão que também faz parte do cardápio do Oishiisá. A costelinha ainda aparece no “missô soki” – em que é cozida com missô até ficar ao ponto de desmanchar.
Em outras receitas, partes do porco menos utilizadas pelos brasileiros ganham destaque, como no “mimigá”, em que a orelha do porco é preparada em fatias, temperada com missô e amendoim. “No primeiro sábado do mês também servimos o tradicional ‘ashitebichi’, um cozido de porco, com nabo, cenoura e alga kombu”, ressalta Meire.
Especialidades doces
Engana-se quem imagina que só de porco e receitas salgadas que vive a culinária okinawana. Os doces também têm espaço na mesa dos uchinanchu, entre eles, destaque para o satá andagui, bem parecido com o popular bolinho de chuva brasileiro, “só que com uma consistência mais crocante, sequinha, com menos açúcar e sem canela”, detalha a chef do Oishiisá.
Segundo ela, outros doces que fazem sucesso são o nantu, espécie de mochi preparado com amendoim, gengibre, açúcar e gergelim; e o kaasa muuti, um bolinho feito com farinha de arroz glutinoso e açúcar mascavo, envolto com folha de gettou (alpínia) e cozido ao vapor, processo similar à preparação da pamonha brasileira. “Como no Brasil dificilmente encontramos o gettou, muitas famílias okinawanas que vivem aqui usam a folha de bananeira para preparar o doce”, revela Meire.
Bebidas da Ilha
Para acompanhar todas essas delícias gastronômicas, segundo Meire, os okinawanos costumam beber o sampincha, um aromático chá de jasmin, suco de goya, batido com água, limão ou laranja, e o suco de shikuwasa, um tipo de laranja típica de Okinawa, com sabor bem azedo. “Já dentre as bebidas alcóolicas, a mais famosa é o awamori, um saquê tradicional da Ilha, feito com um arroz tailandês, diferente do utilizado pelos japoneses”, finaliza.
Gatimayá
Rua Bernarda Paulista, 167 – Vila Prudente
Tel.: 11. 94726-7039
Facebook.com/gatimayas
De terça-feira a sábado das 19h ao último cliente
Oishiisá
Rua Bom Pastor, 2302 – Ipiranga
Tel.: 11. 2129-6731
Facebook.com/oishiisa
De segunda-feira a sábado das 11h30 às 15h
Especialidades de Okinawa apenas aos sábados
E vai rolar a festa
Okinawa Festival é oportunidade de conferir o melhor da cultura, gastronomia e alegria uchinanchu
Fotos Cris Komesu e Gabriel Inamine
A região da Vila Carrão – que concentra a maior colônia okinawana fora do Japão – se prepara para receber, nos dias 06 e 07 de setembro, o maior evento de cultura uchinanchu fora de Okinawa. O Okinawa Festival, que chega a sua 12ª edição, acontece no Centro Esportivo Vicente Ítalo Feola (praça Haroldo Daltro, s/nº – Vila Manchester).
Promovido pela Associação Okinawa Kenijn do Brasil, Associação Okinawa de Vila Carrão em parceria com a Prefeitura de São Paulo, a festa, de acordo com a expectativa dos organizadores, deve receber um público circulante diário de mais de 15 mil pessoas.
Como explica o presidente da Comissão Organizadora do evento, Sérgio Tawata, “com o passar dos anos, o Festival que foi criado para integrar a colônia nipo-brasileira com os moradores da região, cresceu e figura hoje como um dos maiores eventos promovidos pela colônia japonesa no Brasil, fazendo parte do Calendário Oficial de Eventos do Município”.
Tawata explica que a comissão organizadora se empenhará ao máximo para proporcionar um grande evento para todo o público, com atenção especial para as crianças e, principalmente, aos idosos, gestos típicos do respeito japonês às pessoas e familiares.
No Centro Esportivo uma enorme tenda é montada e torna-se o local principal das apresentações de música, dança, artes marciais e shows artísticos, que compõem a extensa programação dos dois dias de festa. Diversas barracas trazem ainda várias atividades para os visitantes como cursos, oficinas e workshops, além da tradicional culinária uchinanchu.
Revelando o verdadeiro espírito de união e solidariedade típico entre os okinawanos, a festa conta com a colaboração dos associados do kaikan, ao todo são cerca de 500 voluntários, que trabalham diretamente na realização do evento, seja nas apresentações culturais ou nos trabalhos de estrutura do evento.
Segundo Tawata, o Okinawa Festival também é solidariedade, já que desde a primeira edição não é cobrado ingresso, mas sim a doação de 1 quilo de alimento não perecível que é destinado, no mesmo dia, às entidades assistenciais. “Na edição passada foram arrecadadas 10 toneladas de alimentos que fizeram a diferença na vida de muitas pessoas”, finaliza.
Em uma das atrações mais esperadas do festival, mais de 600 jovens e crianças vestidas com a indumentária tradicional dos festivais de Okinawa, apresentarão coreografias tocando o taikô – instrumento de percussão, carregado a tiracolo. Com ritmo contagiante o Ryukyu Koku Matsuri Daikô e o Requios Geinou Doukoukai Eisá Taikô prometem levar um colorido especial ao evento, além das já conhecidas alegria e animação contagiantes.
Nos dois dias de evento haverá diversas apresentações de dança tradicional de Okinawa – praticada há séculos pelos diversos grupos sociais da Ilha, desde os vilarejos de pescadores até os palácios da Era Ryukyu, muito antes da integração ao Japão. Os grupos levam a cultura okinawana ao público brasileiro com vestimentas que vão desde trajes simples de pescadores aos luxuosos e coloridos vestidos de gala.
Mais de 500 atletas das modalidades de karatê – arte marcial originária de Okinawa; kung fu; kobudô – tradições guerreiras dos samurais; jiu jitsu; bunomai – dança marcial; e aikidô, se apresentarão nos dois dias de festa. A parceria com as diversas academias esportivas, que farão parte do evento, visa incentivar os jovens a conhecerem as diversas modalidades esportivas, despertando o interesse pelo aprendizado.
Em torno das apresentações, dezenas de barracas oferecem o melhor da gastronomia típica okinawana. Uma das áreas mais disputadas da festa traz receitas que agradam os gostos de todos os visitantes. Entre os pratos, destaque para os tradicionais okinawa sobá – espécie de sopa de macarrão, goya champuru – refogado com goya e tofu, e o satã andagui – doce típico similar ao bolinho de chuva brasileiro.
Musicalidade à prova
Conheça a Heroes Sanshin Band, grupo que mistura as tradições okinawanas com instrumentos mais modernos
Fotos Arquivo Pessoal
Com o objetivo de cativar os mais jovens a se interessarem pelo sanshin – típico instrumento de corda okinawano – e pelas músicas típicas da Ilha de Okinawa, okinawanos e descendentes montaram o grupo Heroes Sanshin Band, que por meio das canções pretendem levar um pouquinho do povo mais festivo do Japão para o público brasileiro.
Mesclando tradição e modernidade a banda faz suas apresentações utilizando o sanshin e outros instrumentos como violão, guitarra, baixo bateria, percussão e teclado. “Sabemos que é muito difícil concorrer com todas as atrações que existem hoje em dia, mas a cada vez que nos apresentamos e vemos crianças e jovens interessados e os demais cantando e dançando temos a certeza de que o nosso objetivo está sendo passo a passo alcançado”, revela um dos integrantes e fundador da banda, Valdir Yukio Miashiro, de 53 anos.
Com quase cinco anos de existência, a banda surgiu de forma natural e espontânea. Entre os estilos tocados estão o minyô – músicas tradicionais okinawanas tocadas com instrumentos típicos da Ilha –, canções japonesas, e hits mais modernos como os da banda Begin, um dos grupos de maior sucesso de Okinawa. “Fazemos releituras das músicas já consagradas, dando uma nova roupagem a elas com o uso do sanshin e dos instrumentos mais modernos”, descreve Yukio.
Com muito treino e dedicação a banda começou a se apresentar, principalmente, na Associação Okinawa de Santo André, kaikan que os integrantes fazem parte. “Depois passamos a cantar também em outras entidades, festas de aniversário e casamento e até em alguns eventos da comunidade como o Nikkey Matsuri, Okinawa Matsuri e Brasil-Japão de Guarulhos”, enumera o violonista do grupo.
A Heroes Sanshin Band também já se apresentou com grandes nomes da música japonesa no Brasil como Karen Ito, Joe Hirata e a jovem talento Melissa Kuniyoshi. E já cantaram com a Banda Begin, a música “Shimanchu nu Takara”, um dos principais sucessos do grupo okinawano. “Foi um ápice, o momento de maior emoção da nossa banda, um sonho realizado, já que eles são os nossos maiores ídolos e nossas maiores inspirações, não só musicais como exemplos de vida”, ressalta.
Quanto a profissionalizar a banda ou gravar um CD, segundo Yukio, são planos que ainda não fazem parte dos desejos do grupo: “Nunca pensamos em profissionalizar a banda, tocamos por diversão, para divulgar a cultura e a música de Okinawa, como forma de gratidão por tudo que foi feito para todas as nossas gerações e, principalmente, para incentivar jovens e adolescentes a acompanhar a tradição uchinanchu por meio da música”, enaltece.
Aos que desejam conhecer um pouco mais o trabalho da banda é possível conferir sua trajetória pela página oficial no facebook.com/heroessanshin ou ouvir suas apresentações no canal de vídeos Youtube.
Heroes Sanshin Band
Confira a formação atual da banda, que tem como principal característica a união, amizade e espírito de grupo
** Yasuhiro Arashiro (Sensei Hiro): sanshin, guitarra, vocal;
** Kevin Ryuji Kuniyoshi (Kevin): vocal, sanshin, violão, guitarra, bandolim e teclados;
** Myke Tetsuya Jahana (Tetsu): bateria e percussão;
** Fernando Okuma (Fernando): baixo e backing vocal;
** Michiko Hiranaka Miashiro (Mitiko): sanshin e backing vocal;
** Valdir Yukio Miashiro (Yukio): violão e backing vocal.