Em agosto, o Okinawa Festival traz todas as cores e sabores das festividades okinawanas para a capital paulista
Tamires Alês/ Fotos: Cris Komesu
Com muitas apresentações e alegria, o que já é de praxe do povo mais festivo do Japão, a 11° edição do Okinawa Festival vai agitar a cidade de São Paulo, nos dias 10 e 11 de agosto, com o maior evento de cultura uchinanchu fora de Okinawa. A festa será realizada no Centro Educacional e Esportivo Vicente Ítalo Feola, na Vila Manchester, e vai reunir visitantes de todo o País em uma grande celebração.
Segundo o presidente da Associação Okinawa de Vila Carrão, Kiyoshi Onaga, responsável pela realização da festa, o Okinawa Festival surgiu da necessidade de integrar a entidade com o bairro que acolheu a maior colônia okinawana no Brasil. “Mostrar a cultura, nossas tradições, culinária, enfim, nosso modo de vida e tudo o que é praticado dentro da Associação, inserir e fazer parte também da grande miscigenação cultural brasileira”, revela. “É um grande evento, e para isso contamos também com a participação de toda a colônia okinawana espalhada pelo nosso país. Por exemplo, todo ano jovens vindos de Campo Grande, Brasília, Londrina e outras localidades se integram aos jovens da capital para participarem do festival”, completa Onaga.
De acordo com os organizadores a expectativa para a 11° edição é de um público circulante diário de 15 mil pessoas. “Neste ano, por ser comemorativo aos 105 anos da imigração japonesa no Brasil, aguardamos a vinda de muitos visitantes do exterior, incluindo a participação de autoridades de prefeituras e do governo de Okinawa”, conta o presidente da Comissão Organizadora do evento, Toshimitsu Teruya.
Por ser um ano comemorativo, Teruya explica que a organização vai caprichar ainda mais nas apresentações da arte okinawana, com novas danças, músicas e coreografias de tambores, além de abrir espaço para artistas da comunidade japonesa e de outras culturas. “Aproximadamente 50 grupos trarão mais de 1 mil artistas para se apresentarem nos dois dias de evento”, revela.
Como todos os anos, um dos momentos mais esperados do público é a apresentação dos tambores de Okinawa, e na 11° edição não poderia faltar o show dos grupos de Taikô Requios e Matsuri Daiko. “É a força da nossa juventude e a demonstração de todos pela integração e dedicação à nossa cultura. Durante todo o evento os grupos apresentam as performances que ensaiam e praticam o ano todo, novidades serão mostradas e incluirão o maior número de participantes possíveis”, ressalta Onaga.
A apresentação conjunta acontece no encerramento da programação, tanto no sábado quanto no domingo. No primeiro dia os dois grupos farão a grandiosa apresentação de enceramento juntos com os leões de Okinawa – “shi shi mai”. E no domingo, acompanhados pelo som contagiante da Banda Okinawana Tontonmi. “Em torno de 600 tocadores de taikô irão maravilhar e convidar o público a participar e dançar com muita alegria a música final, o “katchyashi” – uma dança coletiva que pode ser dançada de modo livre, em qualquer estilo, e seu intuito é externar a felicidade, celebrar com muita alegria o coroamento de um momento alegre e festivo”, explica Teruya.
Cerca de 100 barracas trazem ainda diversas atividades para o público, como cursos e oficinas, exames gratuitos de saúde, atendimento médico e terapias. Além das que oferecem o melhor da gastronomia de Okinawa, com o melhor das comidas típicas do País, como a sopa de cabrito (riijá no shiru) e o okinawa sobá. “Muitas iguarias são apresentadas todo ano, as barracas sempre inovam e trazem surpresas para o público”, afirma o presidente da Comissão Organizadora.
A abertura oficial da festa acontece no sábado, às 17h30 e vai contar com a participação de autoridades vindas das prefeituras e do estado de Okinawa, que se integrarão com as autoridades legislativas e da prefeitura de São Paulo.
Para a realização do Okinawa Festival, a Associação conta com a participação de todos os associados, desde os jovens do seinen-kai, dos grupos de taikôs, dos departamentos culturais, das senhoras – fujin-kai e dos anciões – roojin-kai, revelando o verdadeiro espírito de união e solidariedade tão presente entre os okinawanos. “Todos imbuídos no pensamento de colaboração e integração com toda a comunidade brasileira. São os nossos associados que fazem a festa, tanto nas apresentações quanto nos trabalhos de estrutura do evento. Contamos com 500 voluntários trabalhando diretamente na realização, no sistema de rodízios e ocupação nos vários setores do festival”, enumera Onaga.
A entrada para essa grande festa é gratuita. “Desde a primeira edição não cobramos ingressos, solicitamos apenas a doação de 1 quilo de alimento não perecível, que destinamos, no mesmo dia, para entidades assistenciais”, finaliza Teruya.
Informações
Dias 10 e 11 de agosto de 2013
A partir das 11h
Centro Educacional e Esportivo Vicente Ítalo Feola
Praça Haroldo Daltro, s/n° – Vila Manchester
Entrada Franca