Pesquisa: Intercâmbio científico

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UFSCar e Instituto do Japão formalizam parceria para desenvolvimento de pesquisas

 Redação / Fotos Reprodução

pesquisa2A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) firmou programa de cooperação interinstitucional com o National Institute of Advanced Science and Technology (AIST) da cidade de Tsukuba, no Japão, para o desenvolvimento de pesquisas e intercâmbio.  A cooperação já existe há dez anos, mas só agora foi formalizada.

A cooperação é mediada pelo Laboratório de Bioquímica e Biotecnologia de Sistemas Bioluminescentes e pelo grupo de pesquisa Bioluminescência e Biofotônica, coordenado por Vadim Viviani, docente do Departamento de Física, Química e Matemática (DFQM) e professor do Programa de Pós-graduação em Genética e Evolução da UFSCar, e pelo professor Yoshihiro Ohmiya, diretor do AIST, em Tsukuba.

Segundo o coordenador do projeto, Vadim Viviani, a parceria envolve o estudo e desenvolvimento de novas aplicações bioanalíticas da bioluminescência (emissão de luz fria e visível por organismos vivos, que serve, principalmente, para finalidades de comunicação biológica), dentre os quais se destacam os estudos de evolução molecular e desenvolvimento de novos genes repórter baseado em luciferases (enzima presente nas células de organismos bioluminescentes, que catalisa a produção de luz). Ou seja, tem como objeto investigar a biodiversidade de organismos bioluminescnetes de forma multidisciplinar, abordando os aspectos bioquímico, evolutivo e ecológico, com a finalidade de sua utilização como bioindicadores para fins de conservação ambiental.

“Aqui no Brasil investigamos a evolução de besouros bioluminescentes da região Neotropical e o grupo japonês investiga a região oceânica e parte da região Paleártica”, explica o coordenador do grupo de pesquisa. “Em conjunto, nós pretendemos entender como ocorreu o processo de origem e evolução de espécies bioluminescentes no globo”, completa Viviani.

O projeto – pioneiro no mundo no estudo de luciferases de insetos – está sediado no campus Sorocaba e conta com uma equipe multidisciplinar composta por entomólogos (especialistas em insetos), biólogos moleculares, bioquímicos e químicos.

Ao longo desses anos, a cooperação já obteve resultados patenteados e comercializados por empresas japonesas. Viviani destaca duas patentes: “São dois kits de marcação bioluminescente de células de mamíferos para testes de citotoxicidade”, revela o professor.

 

Intercâmbio

pesquisa3Além do desenvolvimento de pesquisas, a parceria entre a UFSCar e o Instituto do Japão envolve o intercâmbio de professores, pesquisadores e estudantes entre os dois países. Segundo o professor Vadim Viviani, a “formalização da parceria facilitou ainda mais o intercâmbio de estudantes e pesquisadores, que já vinha ocorrendo antes, por meio da cooperação”, conta.

Atualmente, o aluno de doutorado do Programa de Pós–Graduação em Genética e Evolução da UFSCar, Danilo Amaral, realiza estágio no AIST, em Tsukuba. O próprio professor Viviani também esteve no Instituto no Japão. Além disso, neste ano, dois docentes japoneses já visitaram a UFSCar.