Iniciativa do vereador Masataka Ota, a lei tem por objetivo a reflexão em torno do tema
Tamires Alês / Fotos Divulgação
Com o objetivo de dar uma oportunidade para as pessoas refletirem sobre a importância e os benefícios da prática do perdão, além de propor a sociedade um momento de conscientização sobre a relevância da não violência, foi instituído na cidade de São Paulo o Dia Municipal do Perdão, primeira lei do vereador Masataka Ota, em quatro meses de gestão.
O projeto de lei foi aprovado em plenário por 37 votos a favor e nenhum contra, em primeira votação. Após ser sancionada pelo prefeito Fernando Haddad, a lei 15.742/2013 foi publicada no Diário Oficial do Município, no dia 15 de maio.
O Dia do Perdão será celebrado no dia 30 de agosto, como uma “oportunidade para um exercício de saúde mental em meio a uma metrópole conturbada, onde todos, sem exceção, de alguma forma, já experimentaram o medo”, ressaltou Ota, em seu discurso proferido na noite em que a Câmara aprovou o projeto de lei. “Que este dia contribua para que possamos trocar o temor pela esperança, praticando o perdão verdadeiro. Perdoar não diminui ninguém, pelo contrário, dignifica o ser humano”, completou.
A lei prevê o envolvimento da Prefeitura, do Legislativo e de Organizações não Governamentais para que sejam disponibilizados, em espaços públicos, palestras, eventos, apresentações, entre outras ações sociais, que sensibilizem e conscientizem os paulistanos sobre a importância de praticar simples gestos que contribuem para melhorar o relacionamento entre as pessoas, diminuindo a violência urbana. “Não propus nenhum feriado, tão pouco uma data que prejudique o calendário”, destacou o parlamentar.
A data não foi escolhida por acaso, é uma homenagem do parlamentar ao filho Ives Ota, sequestrado e assassinado com apenas oito anos de idade, nessa data, há 15 anos. “É também uma reverência que faço a todos os paulistanos, vítimas de uma violência que tem transformado seres humanos em estatísticas”, afirmou Ota. “Eu perdoei os assassinos do meu filho, e o perdão foi pra mim o caminho para a paz interior”, concluiu.