SAÚDE: Plantas que curam

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Comprovação científicas dos benefícios das plantas à saúde originou um mercado que, segundo especialistas, cresce de 10 a 12 % ao ano

Fotos Reprodução

O hábito de tomar um “chazinho” para curar um determinado sintoma, seja uma simples febre ou um resfriado, foi passado de gerações a gerações… O que era uma simples crença foi levada a sério pela ciência, que até hoje se empenha em descobrir os benefícios das plantas à saúde.

Surgia, então, a Fitoterapia, ou seja, o estudo do emprego da planta para o tratamento de doenças. “Qualquer planta, seja uma planta em natura usada como chá, um extrato, ou uma tintura, tudo isso é um fitoterápico….A Anvisa possui uma categoria específica de registro de fitoterápicos”, explica o médico Alexandros Botsaris, diretor da Abfit – Associação Brasileira de Fitoterapia. “Atualmente, este mercado encontra-se totalmente regulamentado, tanto na área de produção, comercialização, pesquisas pré-clínicas e clínicas, etc. O padrão adotado no Brasil considera essa classe como medicamentos, de modo similar ao modelo europeu, mas distinto do modelo americano que o considera de padrão alimentício (complementos alimentares)”, acrescenta Luis Carlos Marques, professor do Mestrado Profissional em Farmácia da UNIBAN – Universidade Bandeirantes.

Segundo os especialistas, o mercado de fitoterápicos está em plena expansão não só no Brasil, mas em todo o mundo. “ A eficiência das plantas, de forma conceitual, como instrumentos de tratamento vem ganhando um novo espaço no mundo e ressurge como uma opção terapêutica validada pela ciência. Por muito tempo se pensou que as plantas eram medicamentos de segunda categoria. Agora sabemos que elas funcionam, na maioria dos casos via fitocomplexos, misturas de substâncias que tem potencial de atuar em áreas onde os medicamentos não funcionam bem”, esclarece Botsaris. Ele acrescenta que há 15 anos, os fitoterápicos somavam apenas 5% do mercado global de medicamentos no Brasil. Hoje, esse número ultrapassa os 10% do volume total de vendas.

“É um que cresce a valores percentuais de10 a12% ao ano”, revela Marques. Um levantamento feito por ele e outros colegas de trabalho no livro “Farmacognosia. Produção e comercialização de fitoterápicos no Brasil” (Atheneu, 2012) revelou que o mercado mundial de fitoterápicos movimentou, em 2011, 26 bilhões de dólares, o que corresponde a 3% do mercado farmacêutico mundial global. No Brasil, o mercado de fitoterápicos movimentou 650 milhões de dólares, representando 2,75% do mercado farmacêutico nacional.

Mas, assim como os avanços, esse mercado também têm melhorias a serem feitas. Neste ponto, tanto Botsaris, quanto Marques concordam que a fiscalização ainda não é totalmente eficiente. “Na fiscalização brasileira falta a coleta de medicamentos em prateleiras, por amostragem, para confirmar se estão nas especificações do seu registro, ação que a Anvisa está se preparando para fazer no futuro próximo”, conta Botsaris.

Diante desse quadro, o que o consumidor deve fazer para se assegurar de que está consumindo um fitoterápico de boa procedência? O professor Marques enumera alguns cuidados, entre eles utilizar produtos registrados na Anvisa e vendidos em farmácias de redes conhecidas; evitar fazer a compra em farmácias de liquidação ou até de manipulação; e evitar o consumo de produtos apregoados por canais de rádio e TV, pois, segundo ele, estes geralmente apresentam indicações abusivas e exageradas.

Segundo Marques, as plantas medicinais podem trazer alguns problemas à saúde, como por exemplo, quando indicadas, equivocadamente, não atingir o efeito esperado; causar toxidade ao paciente; promover efeitos colaterais; ocorrência de interações com outros produtos e medicamentos, levando a situações de risco. “Por exemplo, o gengibre, o ginseng, ginkgo biloba, alho, dentre outros, diminuem a coagulação. Se o paciente tomar anticoagulantes, podem ocorrer quadros graves de hemorragias” alerta ele.

Estudos

Quando se fala em fitoterápicos, há de se tomar cuidado com a veracidade dos benefícios dos mesmos. Recentemente, a Anvisa proibiu a venda do suco de aloe vera (babosa), por exemplo, pois segundo a Agência não havia comprovação de que o consumo seria bom para a saúde humana. “Algumas empresas começaram a vender suco de babosa para tratar o câncer, prevenir tumores, etc., condição que obrigaria a realização de estudos clínicos custosos. Tais empresas registraram seus produtos nos EUA como alimento, e começaram a vender para todo o mundo”, conta Marques. Com relação à planta, a comprovação de sua eficácia está no tratamento de queimaduras e uso externo da mesma.

Segundo os especialistas, hoje existem no Brasil centenas de plantas com comprovação científica de eficácia. Entre elas, eles enumeram o gingkgo biloba, usado no combate aos radicais livres; a valeriana pelo seu efeito tranquilizante; e o alho, indicado para o tratamento de hipertensão leve e redução dos níveis de colesterol. Por outro lado há as plantas das quais não se sabe quase nada, como cordão de frade, douradinha e erva guiné. “Entre elas está ainda a pata de vaca. Há indícios de efeitos positivos para o tratamento de diabetes, mas ainda não sabemos qual a dosagem, qual substância é a principal e como ocorrem os efeitos… Motivo pelo qual é uma planta indicada para chás auxiliares, coadjuvantes no tratamento”, completa Marques.

Nesse cenário surge a importância das pesquisas, que segundo os especialistas, têm evoluído, mas ainda não atingiram as expectativas desejadas, por uma série de fatores, entre eles, a enorme quantidade de plantas brasileiras a serem pesquisadas e a falta de foco nos estudos. “Os peruanos emplacaram nos últimos anos a unha de gato, a maca e o cereal quinua, exemplos de esforços de concentração que promovem casos isolados em verdadeiras commodities, gerando exportações e riqueza local. Infelizmente temos poucos casos assim, mas já os temos de fato”, compara Marques. “A questão é que ainda há carência de aparelhagem, tecnologia e estímulos que direcionem os estudos para obtenção de resultados”, finaliza Botsaris.

 

Riscos à saúde

Como qualquer medicamento, os produtos à base de plantas medicinais podem ser problemáticos:

1. Se forem inadequadas não farão o efeito esperado e a doença pode progredir.

2. Se for tóxica (por engano, por adulteração, etc.) pode causar tal toxicidade aos pacientes. Exemplo: folha de graviola para câncer (não cura o câncer, mas ataca o sistema nervoso central).

3. Podem promover efeitos colaterais decorrentes de seu próprio efeito. Por exemplo, o sene é um laxante, que em excesso pode causar cólicas. Portanto deve-se procurar informação e orientação de profissionais que conheçam a fitoterapia.

4. Como qualquer medicamento, podem ocorrer interações com outros produtos e medicamentos, levando a situações de risco.

Fonte: professor Luis Carlos Marques, da UNIBAN

Fitoterapia chinesa

 Falta de regulamentação de produtos e profissionais dificulta a aplicação da farmacologia chinesa no Brasil

 

Quando se fala em uso das plantas para fins medicinais, a China é mestre no assunto. Para os chineses a Fitoterapia é um dos cinco pilares terapêuticos da Medicina Tradicional Chinesa, que ainda engloba a acupuntura, a dietoterapia, a massoterapia e

a ginástica corporal. No Brasil, a Medicina Chinesa foi introduzida com a imigração e, até hoje, enfrenta contratempos com a Medicina Alopática ou tradicional.

A diferença entre as duas está no diagnóstico e no fato de que enquanto a alopática trata a doença, a chinesa trata o sintoma. Além disso, a fitoterapia brasileira investiga as plantas da fauna brasileira, já a chinesa, aplica o processamento das extrações de origem animal, vegetal e mineral da fauna e flora do território asiático. Por isso, o correto seria utilizar o termo Farmacologia Tradicional Chinesa. “O verdadeiro acupunturista, no Brasil, que também tenta praticar a fitoterapia chinesa jamais deve ignorar a fundamentação filosófica da Medicina Tradicional Chinesa”, explica Valéria Kim, coordenadora técnica da pós-graduação da ETOSP – Escola de Terapias Orientais de São Paulo.

Dentre um dos principais tópicos desta fundamentação está o diagnóstico detalhado, que pode demorar de2 a4 horas, dependendo do histórico e da idade do paciente.

Ele engloba o interrogatório, abordando questões como trabalho e vida afetiva; a inspeção de partes do corpo como língua, pele, unhas; a palapação (verificação por meio do tato) e a pulsologia (tomada do pulso); e a auscultação e olfação, que são os odores e sons, a tonalidade da voz e a força da fala. “Na MTC generalizar é um erro grotesco. Se um aluno me pergunta, por exemplo, qual fitoterápico é bom para a gastrite, eu lhe pergunto quais são os sintomas do paciente…”, esclarece Valéria.

Segundo ela, os fitoterápicos chineses devem ser evitados nos seguintes casos: sintomas que indiquem que determinados funcionamentos já estão em processo de esgotamento; para pacientes que não têm equilíbrio entre ingestão satisfatória de líquidos saudáveis e capacidade de excreção; pacientes com alimentação irregular; quando o fitoterapeuta considerar imprescindível a conjugação do medicamento alopático e o paciente insistir em abandoná-lo.

Nos últimos dois anos, os profissionais que praticam a Medicina Chinesa se depararam com um problema: a falta de fitoterápicos chineses no mercado brasileiro. “Até hoje não há uma política regulamentando os fitoterápicos chineses ou até mesmo quem está apto ou não para indicar… Por isso, urge a necessidade de regulamentação das profissões de acupunturista, fitoterapeuta chinês, dietoterapeuta e massoterapeuta”, enfatiza Valéria.

Saúde em gotas

 Florais atuam no estado emocional da pessoa, colaborando para uma vida mais equilibrada

Para os adeptos de uma opção totalmente natural, nada melhor do que um bom floral para aliviar as tensões. Os florais – sendo que o mais conhecido de todos é o de Bach (nome alusivo ao homeopata inglês Edward Bach) – agem no sistema emocional e, não, necessariamente, tratam doenças ou sintomas.

Em, 1930, Edward Bach percebeu que os estados emocionais negativos levam à doença física. Por isso, ele pesquisou flores e plantas cujas essências possuíam uma correspondência para cada estado emocional, chegando ao resultado de 38 essências. Os resultados de seus estudos impulsionaram outros pesquisadores que desenvolveram outros sistemas florais, como o Califórnia, Bush Australiano, Saint Germain e outros. “Hoje a terapia floral é amplamente aceita e aplicada em mais de 70 países. Contudo, o mais conhecido é o de Bach”, explica a especialista em terapia floral Magda Santucci.

Ela atenda para a importância da consulta a um profissional que possa indicar a melhor fórmula para as necessidades de uma determinada pessoa, uma vez que cada fórmula pode conter até seis florais diferentes. “Se uma pessoa está com uma dificuldade simples e recente, com causa conhecida, os resultados podem ser muito rápidos e muitas vezes começam a ser observados quase que na hora, no mesmo dia, ou em menos de uma semana, mas isso se a escolha dos florais for adequada. Entretanto para que esses resultados sejam duradouros é preciso que haja um mínimo de acompanhamento terapêutico”, explica.

Outro ponto importante no uso dos florais é a frequência de consumo. “O mais comum é tomar 4 gotas, 4 vezes ao dia. Mas, o mais importante não é a quantidade de gotas ingeridas em um dia, mas a frequência em que as tomamos. Ao tomarmos os florais estamos entrando em contato com a informação da virtude da flor, por isso podemos nos beneficiar dessa informação sempre que precisarmos”, finaliza.

 

Conheça alguns dos 38 florais de Bach e suas indicações

Crab Apple – indicado para limpar a mente e recuperar o equilíbrio energético do corpo. Trata alergias, queimaduras, coceira.

Larch – pode ser usado para aqueles que estão com baixa estima. Indicado para impotência masculina e problemas da próstata.

Star of Bethlechem – prescrito para quem teve experiências traumáticas, sejam elas físicas, emocionais ou espirituais.

Heather – para aqueles que têm necessidade de falar compulsivamente.

Impatiens – indicado para pessoas muito aceleradas e que têm dificuldade em aceitar o ritmo dos outros. Trata insônia e transtornos digestivos.

Water Violet – para pessoas muito reservadas, que tendem ao isolamento

Gorse – Ajuda pessoas em estado de desespero ou pessimismo a recuperaram uma postura mais positiva diante da vida. Indicado para anemia e controle do diabetes.

Hornbeam – indicado para quem está com exaustão mental, por causa do excesso de rotina. Trata de problemas circulatórios e ressaca.

Scleranthus – para os indecisos, que perdem muito tempo para tomar uma atitude e apresentam oscilação no humor. Indicado para cefaleia, cólicas menstruais e tonturas.

Clematis – Ajuda na concentração e na memorização. Indicado para pessoas que parecem estar com a cabeça nas nuvens.

Chestnut Bud – Indicado para aqueles com dificuldade de aprendizagem e para crianças com dificuldade escolar.

Olive – indicado para pessoas que estão esgotadas mentalmente, chegando ao limite de suas forças e até gerando doenças físicas.

Beech – indicado para pessoas muito rígidas com os outros. Trata de tensão muscular, asma, prisão de ventre, bruxismo.

Chicory – trata pessoas possessivas, em especial em relação aos filhos.

Vervain – indicado para pessoas que se acham donas da verdade e não aceitam a opinião de terceiros. Trata problemas de coluna e também é indicado para quem trabalha muitas horas com computador.

 

Alimentos funcionais

 

Fitoway

 

Óleo de Côco

Facilita a digestão e absorção de nutrientes, além de ser rico em ácidos graxos que auxiliam o fortalecimento do sistema imunológico. É utilizado como auxiliar nas dietas de emagrecimento, por ter ação termogênica e fazer com que o organismo queime mais calorias.

30 Ervas

Composto por ervas, fibras, hortaliças e vegetais de atuação diurética, digestiva e depurativa, atua como um moderador de apetite e regulador intestinal.

Slimway 900

Composto por quitosana, vitamina C, fibras e outros componentes é destinado no auxílio de dietas de redução de peso. Segundo o fabricante, o produto diminui a vontade do consumo de doces e ainda possui ação de queima de gorduras.

 

Ômega 3

Produzido a partir do óleo de peixe, rico em ácidos graxos que auxiliam na manutenção dos níveis saudáveis de triglicerídeos.

Sun Flower

Óleo de Cártamo

É extraído das sementes de Carthamus tinctorius que possuem elevados teores de ácidos com capacidade de inibir a ação da enzima humana responsável por armazenar gorduras no corpo.

Linhaça com vitamina E

Ricoem vitamina E, que através da ação antioxidante protege as células e os tecidos do corpo. Já os ácidos graxos do grupo ômega 6 e ômega 3 são importantes para o funcionamento adequado do organismo.

Chá verde com Fibras

Elaborado a partir do extrato da Camellia sinensis, este chá verde solúvel com fibras ajuda no funcionamento do intestino.

 

Cogumelo Agaricus

O produto desidratado e proteico contém vitaminas como tiamina (vitamina B1), ribolavina (vitamina B2), niacina (vitamina B3), piridoxina (vitamina B6), e outros componentes que ajudam no fortalecimento o sistema imunológico.

Clorella

Durante seu crescimento, esta alga marinha acumula enorme quantidade de clorofila e de nutrientes essenciais ao bom funcionamento do organismo. Apresenta cerca de 60% de proteínas, contém aminoácidos essenciais e uma variedade de vitaminas e minerais.

Ikiru-han

Trata-se da Lecitina de ovo, que é uma substância essencial para o bom funcionamento do organismo, uma vez que atua no metabolismo da gordura, auxiliando no combate ao colesterol.

Berinjela

Alimento rico em vitaminas, sais minerais, compostos fenólicos, flavonóides e outros, a berinjela também é conhecida por apresentar consideráveis propriedades na dissipação do fluxo sanguíneo e na redução dos índices de colesterol.

   

Flores e Ervas

Farinha de Maracujá

Contém substâncias capazes de auxiliar na redução das taxas de açúcar no sangue, além de impedir que o organismo absorva a gordura dos alimentos. Rica em pectina, vitamina B3, ferro, cálcio e fósforo.

Chá vermelho + Sabor

Chá com hibiscos e frutas tropicais é uma boa opção para pessoas em processo de emagrecimento, pois reduz a absorção de gordura no organismo, além de diminuir a ação dos radicais livres, prevenindo o envelhecimento por ser rica fonte de vitamina C.

Informações : www.fitoway.com.br, www.sunflower.com.br e www.floreseervas.com.br