Policiais japoneses visitam bases brasileiras para difundir sistema comunitário de segurança
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No Brasil, o relacionamento entre policiais e população sempre foi um tanto conturbada. Após a onda de manifestações que assolaram o País desde o ano passado, o clima ficou ainda mais tenso. Mas, determinadas ideias podem melhorar esse relacionamento, caso do sistema japonês “Koban”, de policiamento comunitário e que aproxima policiais da população geral.
No dia 9 de junho passado, militares japoneses vieram ao São Paulo para visitas a algumas Bases Comunitárias da Polícia Militar. Trata-se de uma visita precursora do “Projeto de Multiplicação do Policiamento Comunitário”, a ser implantado no Brasil pela JICA (Agência de Cooperação Internacional do Japão) em conjunto com a Polícia Nacional do Japão.
Na capital paulista, diretores e demais integrantes da Polícia Nacional do Japão acompanharam policiais brasileiros em atividades de patrulhamento e de integração realizadas junto às comunidades locais, com o objetivo de conhecer a realidade do modelo brasileiro do sistema Koban. O modelo adotado pelo Japão é bastante diferente: consiste na mudança da rotina policial, no qual o agente trabalha com a população para prevenir a ação de criminosos. Neste modelo, o policial deve fazer visitas aos moradores e comerciantes para saber as necessidades da comunidade e trabalha, em média, três anos na mesma região.
O sistema incentiva um contato mais próximo, com serviços sociais: encaminhar idosos a médicos, jovens a projetos sociais e intervir junto a órgãos públicos por melhorias na região. Para os defensores do modelo, o não atendimento destes pedidos -a rigor “não policiais”- podem gerar um problema de segurança pública. O objetivo deste projeto, atualmente implantado em 12 estados brasileiros, é disseminar o sistema de policiamento comunitário em todo o Brasil.